Representante comercial dos Estados Unidos diz que sobretaxa ao aço brasileiro será suspensa

O representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou nesta quinta-feira (22), durante depoimento no Comitê de Finanças do Senado norte-americano, que as tarifas sobre aço e alumínio anunciadas pelo governo dos EUA no início do mês não serão aplicadas ao Brasil enquanto o país estiver negociando.

Lighthizer afirmou ainda que também estarão isentos das sobretaxas a União Europeia, a Austrália, a Argentina e a Coreia do Sul. No dia 8 de março, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump já havia anunciado a isenção dos seus vizinhos e parceiros no bloco econômico da América do Norte, o Nafta, Canadá e México.

Em 1º de março, Trump anunciou que iria impor tarifas de importação de 25% para aço e de 10% para alumínio. As tarifas começam a valer a partir de sexta-feira (23).


Integrantes do grupo dos dez maiores exportadores de aço, Rússia, Turquia, Japão, Taiwan, China e Índia não constam da lista de suspensão e as tarifas passam a incidir sobre os produtos desses países a partir de sexta-feira (23).

Na quarta-feira (21), o presidente Michel Temer afirmou que os EUA suspenderiam as sobretaxas ao aço brasileiro, mas até aquele momento o Palácio do Planalto não havia recebido informação oficial sobre a decisão.

Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross afirmou em audiência na Câmara, em Washington, que é possível que as tarifas sejam elevadas para os países que não constam da lista de isenção definitiva das sobretaxas.

“Vamos atualizar os números (tarifas) quando ficar clara a extensão das exclusões de produtos ou países, ao vamos apresentar ao presidente as consequências dessas exclusões para a indústria de aço e alumínio e ele vai decidir se vale a pena impor tarifas adicionais nos países e produtos que ficarem fora a isenção definitiva”, disse Ross.

apoio_04