Delegados federais cobram a imediata transferência do condenado Lula da sede da PF em Curitiba

Piora a situação de Lula, preso em Curitiba na esteira de condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da ação penal que versa sobre o apartamento triplex do Guarujá, no litoral paulista.

Delegados de Polícia Federal não querem que o ex-metalúrgico continue preso no prédio da corporação em Curitiba. Por meio de ofício ao superintendente regional da PF no Paraná, delegado Maurício Valeixo, o sindicato da categoria no Estado alega que a presença de Lula no prédio-sede provoca “transtornos e riscos à população e aos funcionários”.

Os delegados pleiteiam a imediata transferência do petista para “outro local” sob o argumento de que a PF não é “sob nenhum aspecto” lugar apropriado para cumprimento de sentença penal condenatória. E é preciso concordar com os delegados federais, pois Lula e o PT tentam transformar em “puxadinho” da legenda a sede da Superintendência da PF na capital paranaense.

O ex-presidente da República está preso em “sala especial”, do tipo de Estado Maior, no quarto andar da PF desde o último sábado (7), por ordem do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou e ampliou a pena para doze anos e um mês de prisão, inicialmente em regime fechado.


Desde que Lula chegou à sede da PF, Curitiba tornou-se palco de manifestações favoráveis e contra sua prisão. Por conta desse cenário, manifestantes entraram em confronto, obrigando o uso de bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a confusão.

“São realizados, além da rotina policial, atendimentos ao público, dentre eles, emissão de passaportes e questões relacionadas a produtos químicos, segurança privada, armas e emissão de certidões de antecedentes criminais da Polícia Federal”, argumenta o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Paraná.

“Assim, diariamente, centenas de pessoas que frequentam estas instalações (da PF) precisam, por razões diversas e relevantes, de segurança e agilidade no atendimento”, completa.

A entidade alega que “há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos policiais federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da Sede da Polícia Federal, ao passo que alguns invasores, que já se instalaram com barracas e determinada estrutura, já estão promovendo ações no sentido de intimidar estas pessoas”.

O sindicato ressalta que os policiais temem pela segurança das respectivas famílias. “Outros policiais federais e moradores estão informando, extra oficialmente, que temem pela segurança de suas famílias em face das ameaças e presença de tais manifestantes.”

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