Marido de Gleisi, Paulo Bernardo ameaça ao dizer que em caso de prisão delatará muita gente

Paulo Bernardo da Silva não é apenas o marido sumido da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Helena Hoffmann. Ele foi um dos mais importantes condestáveis do PT, tendo chefiado ministérios importantes como o do Planejamento e o das Comunicações.

No Planejamento, Paulo Bernardo, segundo investigações da Polícia Federal, comandou escândalo revelado pela Operação Custo Brasil, que desvendou esquema de subtração de mais de R$ 100 milhões de servidores federais e aposentados por meio de empréstimos consignados.

No Ministério das Comunicações ocorreram algumas das mais escandalosas negociatas da era petista. Foi nesse setor, por exemplo, que se descobriu que Lulinha, antigo monitor de jardim zoológico, era, na verdade, um Ronaldinho dos negócios atraindo com seu desconhecido e insuspeitado talento engenho e arte, investidores milionários.

Ou seja, em termos políticos e judiciais, Paulo Bernardo é um homem-bomba, com potencial explosivo comparável aos que pululam no Oriente Médio, região para onde Gleisi Helena dirigiu pedido de ajuda a regimes absolutistas, medievais e hereditários. Tudo porque a senadora petista pretende melhorar a imperfeita democracia brasileira.

Paulo Bernardo está mais discreto e sumido, comportamento que destoa do de Gleisi, cada vez mais estridente, espalhafatosa e descontrolada. Capaz de protagonizar uma grande “pataquada” a cada dia.


Para os mais íntimos do outrora “casal 20 da Esplanada”, Paulo Bernardo entregou informação explosiva, divulgada pelo jornalista paranaense Aroldo Murá, conhecido pela qualidade de suas fontes e o rigor com que checa suas informações.

O ex-ministro, que como a mulher tornou-se réu no escopo da Operação Lava-Jato e está muito do cárcere, alimenta comportamentos e planos bastante diferenciados sobre o futuro.

Enquanto Gleisi, cada vez mais fanatizada pelo petismo e por Lula, mostra disposição para se imolar em benefício da causa, Bernardo assume postura mais pragmática, segundo o jornalista Aroldo Murá.

“O ex-ministro tem dito a amigos próximos que não ficará muito tempo na cadeia, caso seja mandado ao Complexo Médico Penal em Piraquara. Sua tendência é mesmo a delação premiada. A justificativa? Há filhos pequenos para criar, etc.”, escreveu o jornalista.

Em caso de delação, o estrago nas hostes petistas será imensurável. Os escândalos que vicejaram na área do Planejamento e das Comunicações foram grandes e enriqueceram muitos “companheiros”. Um dos resultados mais prováveis da disposição de Paulo Bernardo soltar a voz está na possibilidade de Lula ter a companhia de seu filho fenomenal nos cárceres do Paraná.

apoio_04