Lula recorre a “vaquinha virtual” para campanha, mas não explica como custeia defesa milionária

Condenado a doze anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, com sentença de segunda instância, Lula está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Apesar desse claro e inequívoco impeditivo, o petista-mor insiste em manter sua candidatura à Presidência da República, como se um raio pudesse cair sobre a legislação vigente.

É sabido que a persistência dos petistas em relação a essa insana candidatura explica-se pela necessidade da legenda de evitar um encolhimento ainda maior, a partir das eleições de outubro próximo, mas a estratégia está fadada ao fracasso, como já noticiou o UCHO.INFO em diversas ocasiões.

Há nesse enredo diversas dicotomias, para as quais o PT não tem as devidas explicações. Se Lula está inelegível com base na legislação, não há razão para os petistas manterem o discurso que contempla o retorno do ex-metalúrgico ao Palácio do Planalto. Se assim o fazem, por certo há algo nos bastidores que só pode ser solucionado na clínica de psiquiatria mais próxima.

Outro ponto que carece de explicação é a campanha de crowdfunding para a pré-campanha de Lula. Diante da intransponível inelegibilidade, arrecadar dinheiro através da rede mundial de computadores não faz sentido. A não ser que esses recursos terão outra destinação, que não o custeio da campanha do agora condenado e preso Lula. Até as 23h59 desta quinta-feira (7), a página eletrônica que abriga o sistema de arrecadação contabilizava mais de R$ 100 mil em doações, com 1.075 apoiadores.


Se a popularidade de Lula continua grande, como garantem seus “companheiros” vocacionados para a adulação explícita, o valor arrecadado não condiz com o descabido discurso petista. Por outro lado, esse valor pode ser um sinal de uma popularidade que está em queda livre. Algo esperado, pois a população não tem disposição para idolatrias desse naipe. Em outras palavras, o fato de estar fora de circulação tem empurrado Lula na direção da vala do esquecimento da opinião pública.

Contudo, a questão mais intrigante nessa epopeia do esquerdismo bandoleiro estão não na “vaquinha virtual” para ajudar a custear a anunciada candidatura presidencial, mas nas razões que levaram o petista a enveredar em tão nebulosa seara.

Em depoimento à Justiça Federal, em Brasília, Lula afirmou que seus proventos mensais somam R$ 30 mil, o que em tese justificam essa “passada de chapéu virtual”. Por outro lado, quem precisa recorrer a contribuições para ajudar no custeio da anunciada campanha eleitoral deveria, pelo menos, explicar como consegue bancar uma defesa milionária.

Para quem não sabe, Lula tem à disposição oito advogados, alguns deles renomados e reconhecidos dentro e fora do País. Entre eles estão o competente criminalista José Roberto Batochio, o advogado Sepúlveda Pertence (ex-ministro do STF) e o australiano Geoffrey Robertson, especialista em direitos humanos com elegante escritório em Londres.

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