Gleisi lança a tese do boicote às eleições e ganha dos “companheiros” o apelido “Maria Louca”

Não é segredo que até mesmo no PT é difícil encontrar alguém que aceite os constantes devaneios da senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional da legenda. Escolhida para o cargo pelo ex-presidente Lula, que na ocasião buscava alguém que atuasse como para-choque dos escândalos de corrupção envolvendo “companheiros”, Gleisi está perdendo a medida de seu pífio protagonismo, atuação que envergonha atém mesmo os detentores das mais rasas doses de pudor.

Mesmo com comportamento questionável, que causa constrangimento nas hostes petistas, Gleisi Helena na maioria das vezes avança o sinal. Isso ocorre principalmente quando a parlamentar decide usar o próprio pensamento como base de propostas de investidas políticas A mais recente, pasme caro leitor, é boicotar a eleição presidencial de outubro próximo, caso Lula não participe da corrida ao Palácio do Planalto.

Ninguém chega ao Senado da República a reboque da ignorância plena, mas a atuação de alguns senadores chega a ser objeto de questionamento, principalmente para aqueles dotados de bom senso político. Para uma Casa legislativa que viveu épocas de ouro em termos de qualidade parlamentar, a formação atual deixa a desejar. E Gleisi Hoffmann colabora sobremaneira para esse status deplorável.

Pois bem, o boicote sugerido pela senadora exigiria não apenas o lançamento de um candidato à Presidência da República (os bisonhos Fernando Haddad ou Jaques Wagner), mas também candidatos aos governos estaduais, ao Senado federal e a cargos proporcionais. A tese “eleição sem Lula é fraude”, se levada às últimas consequências, implicaria na extinção do PT e já valeu a Gleisi, dentro do partido, a alcunha de “Maria Louca”.


Quem conta os detalhes desse novo apelido da senadora é o jornalista Ricardo Noblat. “A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, está louquinha da silva para pregar o boicote às eleições de outubro caso Lula seja impedido de disputá-las. Seria o resgate da tese no momento adormecida de que eleição sem Lula é fraude”.

“Por ora, ela hesita em avançar o sinal. Mas em conversas reservadas com nomes de peso do PT e de outros partidos, antigos aliados, Gleisi fala que eleição sem Lula carece de legitimidade. Foi o que disse, por exemplo, ao governador Paulo Câmara, de Pernambuco”, revela Noblat.

O jornalista revela também que Gleisi, mencionada nas planilhas de propina da Odebrecht sob o sugestivo e enigmático codinome “Amante”, acaba de ganhar novo apelido. “Desafetos de Gleisi no PT começam a referir-se a ela como “a presidente louca”. O Brasil já teve uma rainha louca, Dona Maria I, rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir do final de 1815. Ela morou no Rio durante oito anos e ali foi sepultada”, conclui Noblat.

Em vez de cultuar sandices políticas, Gleisi Hoffmann poderia imbuir-se de coragem e explicar aos brasileiros as razões que a levaram a nomear um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão a cargo de confiança na Casa Civil da Presidência da República. O petista Eduardo Gaievski, que violou meninas vulneráveis (menores de 14 anos) no interior do Paraná. Foi incumbido à época de cuidar dos programas federais destinados a crianças e adolescentes.