Mercado financeiro aposta em manutenção da Selic; previsão do PIB de 2018 continua em 1,5%

Consultadas pelo Banco Central (BC), as principais instituições financeiras em atividade no País apostam na manutenção da taxa básica de juro, a Selic, em 6,5%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se terça e quarta-feira (1º) para definir a Selic.

Em suas duas últimas reuniões, o Copom optou por manter a taxa em 6,5%, após promover um ciclo de cortes que levou ao menor nível histórico da taxa de juro. Para o mercado financeiro, não deve haver alteração na Selic até o fim deste ano. Em 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano.

A Selic é o principal instrumento à disposição do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxas de juro elevadas

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que reflete nos preços porque taxas de juro mais elevadas encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por outro lado, quando o comitê reduz o juro básico, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.


Em 2018, o centro da meta de inflação é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

A estimativa de instituições financeiras para o IPCA deste ano permanece em 4,11%. Para 2019, a projeção segue em 4,10%. Também não houve alteração na estimativa para 2020 e 2021, que é 4%.

Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 permanece em 1,50%, repetindo índice previsto nas duas semanas anteriores. Para 2019, a estimativa segue em 2,50% há quatro semanas consecutivas. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim deste ano e no de 2019. (Com ABr)