“Novo AI-5”: covarde e estulto como o pai, Eduardo Bolsonaro alega que “talvez tenha sido infeliz”

Covardia é a marca registrada da família do presidente da República, Jair Bolsonaro, um adepto confesso da supressão de liberdade, do radicalismo em termos de governança e da tortura. Como “o fruto não cai longe da árvore”, como diz a sabedoria popular, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), é igualmente covarde e estúpido.

Depois de defende um “novo AI-5” para enfrentar uma eventual reação da esquerda nacional, tendo como referência as manifestações que ocorrem em países vizinhos, Eduardo novamente mostrou sua pequenez de caráter e amenizou o próprio discurso. Em suma, tal pai, tal filho.

Nesta quinta-feira (31) em entrevista à TV Bandeirantes, o parlamentar disse que “talvez tenha sido infeliz” ao dar tal declaração à jornalista Leda Nagle em entrevista veiculada no Youtube. Eduardo reforçou sua covardia alegando que “não existe qualquer possibilidade” de um novo AI-5 acontecer.

Assinado pelos militares em dezembro de 1968, o Ato Institucional 5 (AI-5) é considerado até hoje o principal instrumento de repressão adotado durante a ditadura. O Ato abriu caminho para o fechamento do Congresso Nacional, a retirada de direitos e garantias constitucionais, perseguição a jornalistas e militantes contrários ao regime, com direito a sessões de tortura e assassinatos e ocultação de dos corpos que foram classificadas como desaparecidas.

Na entrevista concedida à Band, Eduardo Bolsonaro disse que fez referência aos protestos que ocorrem no Chile e se “vandalismo” se repetir em cidades brasileiras “alguma medida vai ter que ser tomada”.


“Talvez tenha sido infeliz em falar ‘AI-5’ porque não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5, mas nesse cenário o governo tem que tomar as rédeas da situação. Não pode simplesmente ficar refém de grupos organizados para promover o terror. Foi tão simplesmente isso. Mas não existe retorno do AI-5. Finalizando a resposta, a gente vive sob a Constituição de 1988, fui democraticamente eleito, não convém a mim a radicalização”, declarou o deputado.

Eduardo Bolsonaro precisa entender que mesmo o pai tendo sido eleito dentro das regras, apesar de muitas ressalvas, para presidir o País, não significa que a família tomará o Brasil no grito, em que pese o apoio de uma horda de ignorantes que se regozija diante da possibilidade de retorno da ditadura.

Desconhecendo os mais basilares princípios democráticos, até porque nesse ambiente foi criado e educado, Eduardo age como “longa manus” do próprio pai, um totalitarista incorrigível que dedica parte de seus discursos à exaltação de ditadores e torturadores.

O Brasil vive sob a égide do Estado Democrático de Direito e qualquer ato que fuja ao texto legal deve ser repelido com firmeza, seja de baderneiros, seja de defensores de modelos ditatoriais.

É nosso dever ressaltar que durante a corrida presidencial alertamos para o iminente perigo de Jair Bolsonaro, caso fosse eleito, liderar um golpe contra a democracia. Descontrolado e sem preparo para o cargo que ocupa, o presidente usa os filhos para encontrar brechas que levem a um regime de exceção.

Fosse o Brasil um país sério e com autoridades cumpridores da legislação vigente, o governo de Jair Bolsonaro, o estulto que acredita se o último dos gênios, já teria caído. Ainda é tempo!