Políticos e instituições reagem a Eduardo Bolsonaro e buscam cassação do mandato do filho do presidente

Quando o UCHO.INFO afirmou em várias ocasiões que, se eleito, o presidente Jair Bolsonaro daria um “cavalo de pau” na democracia quando entendesse necessário (sic), os apoiadores do atual inquilino do Palácio do Planalto se insurgiram como uma manada furiosa disposta a tudo.

Bolsonaro, um covarde contumaz que se esconde atrás da falsa aparência de corajoso, tem o totalitarismo cravado na sua essência, o que não é novidade. Para testar as possibilidades de trazê-lo à vida nacional, o presidente se vale de “balões de ensaio”, muitas vezes colocados em prática pelos próprios filhos e a partir do chamado “gabinete do ódio”, staff criminoso que funciona no Palácio do Planalto e é financiado com o suado dinheiro do contribuinte.

Além da covardia monumental e de atentar diuturnamente contra o Estado Democrático de Direito, o presidente da República é frouxo ao ponto de não conseguir controlar os filhos, que continuam acreditando ser o Brasil obrigado a viver à sombra de uma monarquia miliciana.

Como mencionou o UCHO.INFO em matéria anterior, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que defendeu a criação de um novo AI-5 para enfrentar eventuais reações da esquerda, já estaria sendo processado fosse o Brasil um país razoavelmente sério e com autoridades imbuídas de seus respectivos papeis.

Na esteira da nossa afirmação, políticos e entidades já se movimentam para ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o filho do presidente da República, ao mesmo tempo em que estudam a cassação do seu mandato parlamentar por quebra de ordem institucional. Isso porque Eduardo Bolsonaro, ao sugerir a volta do AI-5, de forma automática defendeu o fechamento do Congresso e do Supremo, algo que em passado recente disse, durante palestra, ser fácil e simples.


“Vamos representar no Conselho de Ética. Ao propor o AI-5, ele está propondo fechar o Congresso Nacional. Então a segunda coisa é entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) por quebra da ordem constitucional. Estamos estudando juridicamente a melhor maneira de fazer isso”, disse o deputado federal Ivan Valente (SP), líder do PSOL.

De acordo com Valente, a notícia-crime contra Eduardo Bolsonaro será protocolada ainda nesta quinta-feira (31) no STF. Os partidos alegarão no documento que o deputado cometeu apologia ao crime e incitação ao crime. Por outro lado, a representação no Conselho de Ética, que pode abrir caminho para a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro, será protocolada no começo da próxima semana.

Se a fracassada tentativa de indicar Eduardo Bolsonaro à Embaixada do Brasil em Washington ultrapassou as fronteiras do ridículo, avança sobre as raias da ignorância política as desbaratadas investidas dos filhos do presidente da República. Afinal, no momento em que o Brasil precisa recuperar a confiança dos investidores internacionais, um discurso que flerta de maneira insiste com o autoritarismo funciona como antídoto.

Não obstante, a insistência do clã Bolsonaro de atentar contra a democracia e o Estado de Direito acabará funcionando como gatilho para uma reação popular, o que poderá impor ao País um novo processo de impeachment ou empurrar a sociedade para uma revolta civil, cujas consequências são imprevisíveis.

Não será um ultradireitista bastardo a colocar medo na população, que precisa defender com firmeza e coragem seus direitos, sob pena de, assim não fazendo, referendar a volta do obscurantismo e da violência que marcaram a ditadura militar.

Ciente de que não tem como cumprir as mirabolantes promessas de campanha, Jair Bolsonaro comporta-se de maneira irresponsável diante das investidas dos filhos, como se esses agissem sob o seu comando. Talvez essa seja a realidade dos fatos.