Aliados de Bolsonaro confirmam notícia do UCHO.INFO e apostam na demissão do “esquecido” Onyx Lorenzoni

Como antecipou o UCHO.INFO em matéria publicada na manhã desta quinta-feira (30), a situação do ainda ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deu largos passos nas últimas horas rumo à demissão. Gozando os últimos dias de férias nos Estados Unidos, Lorenzoni acompanha à distância as decisões do presidente Jair Bolsonaro, que transformaram a Casa Civil em “terra de ninguém”, tamanha é a irresponsabilidade que marcou exonerações e nomeações em pouco mais de doze horas.

“Com a transferência do PPI para a pasta da Economia, a Casa Civil fica sem razão de existir, cabendo ao presidente apenas anunciar a demissão de Onyx Lorenzoni. Resta saber se Bolsonaro fará isso, pois Lorenzoni foi apoiador de primeira hora da candidatura do atual presidente e um dos coordenadores de sua campanha.” (Clique e confira a matéria na íntegra)

Na terça-feira (28), logo após chegar da Índia, onde cumpriu agenda oficial, Bolsonaro anunciou a exoneração do secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini, classificando como “imoral” a decisão do assessor de utilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar da Suíça para Nova Délhi, operação que teria custado aos cofres públicos algo em torno de R$ 900 mil.

Horas após a publicação da exoneração de Santini no Diário Oficial da União, o presidente da República cedeu à pressão dos filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro e renomeou o colaborador para novo cargo na Casa Civil, desta vez como assessor especial de assuntos externos da pasta.

Diante da repercussão negativa da decisão, em especial nas redes sociais, Jair Bolsonaro decidiu exonerar mais uma vez Santini, estendendo a decisão ao recém nomeado secretário-executivo da Casa Civil, Fernando Moura, que na prática foi quem assinou a nova nomeação do outrora demitido e agora novamente exonerado.

Como se fosse pouco, Bolsonaro determinou a transferência do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia, tirando de Onyx Lorenzoni o único ativo que lhe restou, depois de ter perdido a articulação política do governo e a Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ).

Com esse cenário, não apenas a Casa Civil fica esvaziada em termos políticos, mas o próprio ministro da pasta, que deve ter sua demissão anunciada nos próximos dias, segundo avaliação de assessores palacianos, que confirmam análise antecipada por este portal.

Apoiador de primeira hora da candidatura de Bolsonaro, um dos coordenadores da campanha do agora presidente da República e responsável por comandar o chamado “governo de transição”, Onyx Lorenzoni teve ascensão meteórica em termos políticos, pois saiu do “baixo clero” da Câmara dos Deputados para a chefia da Casa Civil, sem ter credenciais para tanto.

Amigos de longa data de Lorenzoni afirmaram ao UCHO.INFO, nas primeiras semanas do governo Bolsonaro, que o democrata gaúcho não duraria muito tempo no cargo. Considerando o temperamento de Bolsonaro e sua mania de perseguição, um ano e um mês é quase a eternidade.