O governo do presidente Jair rejeitou um pedido da China, que solicitou aos brasileiros o envio de máscaras para proteção contra o novo coronavírus (Covid-19). A decisão de negar o pedido de Pequim foi do Ministério da Saúde.
De acordo com pessoas que participaram das negociações, o argumento usado para rejeitar o pedido do governo chinês é que o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, e seus assessores temiam que o Brasil ficasse sem máscaras em quantidade suficiente, caso o Covid-19 avance no País.
É importante ressaltar que causa espécie a alegação do ministro Mandetta, que em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews e do portal G1, classificou o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil como uma simples “gripe”. Pois bem, se o quadro é de “gripe”, o governo Bolsonaro não deveria se preocupar com a quantidade de máscaras, até porque até hoje não se viu a população saindo às ruas usando o acessório.
Na última sexta-feira (21), uma remessa de máscaras enviada do Brasil chegou à China, mas a doação não foi feita pelo governo brasileiro, mas pela empresa Suzano, que atua no ramo de papel e celulose.
Como afirmou o UCHO.INFO em matéria anterior, não se pode dar asas ao alarmismo no âmbito do coronavírus, mas tratar o primeiro caso confirmado como “gripe”, mesmo que os primeiros sintomas sejam semelhantes, é sinal de irresponsabilidade do ministro, que, pasmem, é médico de formação.
No momento em que Luiz Henrique Mandetta minimiza a gravidade do coronavírus, tratando como se fosse uma gripe qualquer, a porção população que não tem acesso a informações confiáveis entende que não deve se preocupar. Em tempos outros, ministro que protagonizaram patacoadas menores conheceram rapidamente o temido “olho da rua”.