Ellis Marsalis, pianista e um dos “pais” do jazz, morre aos 85 anos em decorrência do novo coronavírus

 
Expoente do jazz e considerado um dos “pais” do gênero musical, o pianista norte-americano Ellis Marsalis Jr. morreu aos 85 anos, na quarta-feira (1), vítima de complicações associadas ao novo coronavírus.

A morte do pianista foi confirmada por um dos seus filhos, o saxofonista Brandford Marsalis, outro “monstro” do jazz. “Meu pai era um gigante como músico e como professor, mas ainda maior como pai”, afirmou Branford, que é irmão do trompetista Wynton Marsalis, também um destacado e reconhecido músico.

Wynton publicou fotos dele ao lado do pai no Twitter com um breve comentário: “Ellis Marsalis, 1934-2020. Ele se foi do jeito que viveu: aceitando a realidade”.

Ellis Marsalis durante décadas atuou como músico, compositor e implacável professor em New Orleans. “Ellis Marsalis era uma lenda”, escreveu no Twitter o prefeito da cidade, LaToya Cantrell. “Ele foi o protótipo do que queremos dizer quando falamos sobre o jazz de New Orleans”.

 
Como professor, Ellis Marsalis orientou músicos consagrados, como Terence Blanchard, Donald Harrison Jr., Harry Connick Jr. e Nicholas Payton.

Nascido em New Orleans, berço do jazz, em novembro de 1934, Ellis gravou com destacados nomes da música, como Cannonball e Nat Adderley, Marcus Roberts e Courtney Pine.

O New York’s Jazz, no Lincoln Center, do qual Wynton Marsalis é diretor-gerente e artístico, anunciou: “Com tristeza e o coração partido, o Jazz no Lincoln Center diz adeus a Ellis Marsalis, um dos artistas e educadores musicais mais renomados desta ou de qualquer época”.

“O profundo impacto de Ellis na linhagem da música é personificado pelos vários músicos cujas vidas ele formou, inspirou e educou”, completa a instituição.