Em meio à crise do novo coronavírus, avaliação de Jair Bolsonaro cai em duas pesquisas de opinião

 
Pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira (3) pelo jornal “Folha de S.Paulo” mediu a avaliação do desempenho do presidente Jair Bolsonaro, dos governadores e do Ministério da Saúde na condução da crise do coronavírus.

Com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, a pesquisa foi realizada por telefone com 1.511 pessoas entre quarta-feira (1º) e esta sexta-feira (3) em todas as regiões do País. Os resultados mostram que a aprovação de Bolsonaro despenca à medida que cresce suas declarações contra as medidas adotadas para conter o avanço da Covid-19.

De acordo com o Datafolha, 33% dos entrevistados avaliam o desempenho do presidente como “ótimo ou bom”, 25% classificam como “regular” e 39%, como “ruim ou péssimo”. Alegaram desconhecimento ou não quiseram responder 2% dos consultados. No levantamento anterior (23 de março), a aprovação de Bolsonaro era de 35% e a reprovação era de 33%.

Sobre a atuação do Ministério da Saúde em meio à crise do novo coronavírus, 76% dos entrevistados consideram “ótima ou boa”, 18% classificam como “regular” e 5% veem como “ruim ou péssima”. 1% não soube ou não respondeu. No levantamento anterior, a aprovação do Ministério da Saúde era de 55% e a reprovação, 12%.

Questionados sobre a desempenho dos governadores, 58% dos entrevistados classificaram como “ótimo ou bom”, 23% entendem que é “regular” e 16% dizem que é “péssimo”. 2% não souberam ou não responderam. Na pesquisa anterior, os governadores tinham aprovação de 54% e reprovação, 16%.

 
Bolsonaro cai em pesquisa da XP Investimentos

A reprovação ao governo do presidente da República alcançou 42% em abril, contra 36% registrados em março, revela a “Pesquisa XP com a População”, realizada pela instituição financeira em parceria com o instituto Ipespe. Trata-se do maior índice de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato de Bolsonaro, mas dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 3,2 pontos porcentuais.

A fatia da população que considera o governo “ótimo ou bom” caiu de 30% para 28% no período, índice que também está dentro da margem de erro. Contudo, em termos nominais é a primeira vez que a taxa fica abaixo dos 30%.

A pesquisa da XP incluiu questionário especial sobre a crise do novo coronavírus no País e revelou que o presidente mais atrapalha do que ajuda em meio à pandemia. O levantamento mostra que que Bolsonaro tem aprovação menor que a do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apesar dos constantes ataques por parte do chefe do Executivo.

A atuação de Bolsonaro no combate ao novo coronavírus foi considerada “ruim ou péssima” por 44% da população, enquanto 29% classificaram o desempenho do presidente como “ótimo ou bom” e 21%, como “regular”.

O presidente da República tem a pior avaliação entre todos os alvos da pesquisa. A aprovação da atuação do presidente está empatada na margem de erro com a do Congresso (30%), da população (34%), e do Supremo Tribunal Federal (29%). No contraponto, a avaliação de Bolsonaro está muito abaixo da do ministro Saúde (68%), dos governadores (59%), do ministro da Economia (37%) e dos profissionais da saúde (87%).