Compositor e escritor Aldir Blanc morre no Rio de Janeiro, aos 73 anos, por Covid-19

 
O escritor e compositor Aldir Blanc morreu aos 73 anos, na madrugada desta segunda-feira (4), no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele contraiu Covid-19 e seu quadro de saúde era considerado grave.

Blanc foi internado em 10 de abril com sintomas de infecção urinária e de pneumonia, mas exames apontaram contaminação pelo novo coronavírus. Sua filha Isabel, sem recursos para manter o pai internado, chegou a pedir doações para fazer a transferência e o tratamento do artista em um hospital particular, já que nos primeiros dias foi difícil conseguir um leito de UTI na rede pública.

Após a ação, o compositor foi transferido para o Hospital Pedro Ernesto. Apesar de ter apresentado sinais de melhoras, Blanc foi mantido sedado durante todo o tempo porque seu estado era considerado grave. A mulher de Aldir, Mary Blanc também testou positivo para o novo coronavírus e seu quadro é considerado estável.

 
Aldir Blanc deixa composições que marcaram a vida e a história dos brasileiros. Entre as mais famosas de suas canções está “O Bêbado e a Equilibrista”, feita em parceria com João Bosco e eternizada na voz de Elis Regina. Outras composições famosas são “Bala com Bala”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa”.

A vasta obra de Aldir tem muitas canções conhecidas, feitas em parceria com outros ilustres artistas, como Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Paulo Emílio, Carlos Lyra, Guinga, Edu Lobo, Wagner Tiso, César Costa Filho, Cristóvão Bastos, Roberto Menescal e Ivan Lins, entre outros.

Aldir Blanc Mendes no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, em 2 setembro de 1946. Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em psiquiatria. Em 1973, abandonou o curso para dedicar-se exclusivamente à música, tornando-se um dos mais importantes compositores de Música Popular Brasileira (MPB).