Morte da cantora Betty Wright, aos 66 anos, tira da “soul music” agudo conhecido como “registro de apito”

 
A morte da cantora Betty Wright tirou da “soul music” norte-americana um dos mais impressionantes agudos do mundo dos trinados, talvez o maior nessa escala, que ultrapassava todas as oitavas, mas não a impedia de retomar rapidamente a voz grave e marcante. Mas não era sempre que Betty Wright abusava desse “registro de apito”, como classificam os especialistas, apesar da sua reconhecida amplitude vocal.

Esse agudo ficou marcado em “No Pain, No Gain”, mas precisamente aos 3 minutos e 29 segundos da música que foi um dos seus grandes sucessos. Entre outros hits da Wright estão “Clean Up Woman”, “Tonight is the Night” e “Baby”.

Betty Wright, 66 anos, morreu em sua casa, em Miami (EUA), possivelmente vítima do câncer contra o qual lutava há algum tempo. A notícia foi confirmada por familiares e pelo estúdio S-Curve Records, que produziu seu último álbum.

 
A carreira de Wright começou aos 17 anos com o lançamento de dois singles de seu primeiro álbum, My First Time Around. Três anos depois, em 1971, interpretou o hit “Clean Up Woman”, que naquele ano ficou entre as dez músicas mais tocadas nos Estados Unidos.

Em mais de quatro décadas, Wright emplacou 20 canções no “Top 40” do ranking da Billboard no gênero R&B, entre eles “No Pain No Gain”, “Tonight is the Night” e “Baby”, de 2007. Ao longo da carreira, Betty soltou a voz em diversos gêneros musicais, como soul, disco e funk.

Betty foi a primeira artista mulher a lançar sua própria produtora, a Miss B Records, na década de 1980. E trabalhou com outros nomes de peso da música, como Stevie Wonder, Alice Cooper, Jennifer Lopez, Bob Marley e Gloria Estefan.

No último dia 2 de maio, sua amiga e fã, a também cantora Chaka Khan, pediu orações para Betty em suas redes sociais.