Bolsonaro nomeia Milton Ribeiro, pastor e ex-vice-reitor do Mackenzie, para o Ministério da Educação

 
Após conturbado período de vacância, o comando do Ministério da Educação tem novo timoneiro. O presidente Jair Bolsonaro anunciou através das redes sociais, nesta sexta-feira (10), que Milton Ribeiro será o novo titular da Educação. A nomeação já foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Pastor da igreja Presbiteriana em Santos e vice-reitor da Universidade Mackenzie, Ribeiro teve o nome dado como certo quando o presidente disse, há dias, que o próximo ministro da Educação seria um paulista. Apesar da orientação religiosa, o novo ministro não contou com o apoio da bancada evangélica no Congresso Nacional para chegar ao cargo.

O preferido dos parlamentares evangélicos era Anderson Correia, reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), além de membro da Igreja Batista.

 
Após a saída do polêmico e despreparado Abraham Weintraub, que à frente da pasta dedicou-se a causar confusões e outros absurdos, Bolsonaro nomeou o professor Carlos Alberto Decotelli, que ficou poucos dias no posto em razão de inconsistências no currículo. Ex-presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), Decotelli pediu demissão no vácuo de informações falsas constantes em seu currículo e desmentidos por parte de instituições de ensino.

O nome de Milton Ribeiro ainda estava no “banco de reservas” quando o presidente da República, na última quinta-feira (2), convidou Renato Feder, empresário e secretário de Educação do Paraná, para assumir a pasta. Pressionado pela ala ideológica do governo e pelos conservadores, Bolsonaro desistiu da nomeação que sequer chegou a ser anunciada oficialmente. Mesmo assim, Feder informou no último domingo (5), através das redes sociais, que recusara o convite.

Em 2019, Bolsonaro convidou Milton Ribeiro para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência, que analisa a conduta de integrantes do governo e da administração federal e eventuais conflitos de interesse no serviço público. Apesar dessas atribuições, a Comissão não tem poder ministros e assessores do governo, mas apenas emitir parecer sobre eventual transgressão ética. Prova maior dessa inoperância da Comissão é o caso envolvendo o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, pivô de um caso flagrante de conflito de interesses. Por força da lei, Ribeiro terá de deixar a Comissão de Ética da Presidência para assumir o Ministério da Educação.

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