Brasil registra 1.346 novas mortes por Covid-19 em 24 horas; média móvel é de 1.048 óbitos

 
Adepto do populismo barato e chulo, o presidente Jair Bolsonaro, que insiste no negacionismo em relação à pandemia do novo coronavírus, deveria vir a público para explicar à parcela pensante da população brasileira suas estultices sobre a Covid-19, doença que vem fazendo vítimas ao redor do planeta.

A léguas de distância da “gripezinha” – forma como Bolsonaro referiu-se à doença que, na opinião do presidente, causaria menos mortes do que a gripe H1N1 –, o Brasil contabilizou nas últimas 24 horas 44.887 novos casos de Covid-19, de acordo com dados divulgados pelo consórcio formado por veículos de imprensa. De tal modo, o total acumulado de infecções notificadas em todo o País chegou a 2.166.532.

Considerando que a subnotificação é escandalosa, os casos de Covid-1 em todo território nacional é sete veze maior, pelo menos. A média móvel de casos foi de 33.618 por dia, uma variação de -10% em relação aos casos registrados em 14 dias.

No mesmo período (24 horas), o Brasil registrou 1.346 novas mortes em decorrência do novo coronavírus, elevando o total de óbitos para 81.597. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.048 óbitos, variação nula em relação aos dados registrados em 14 dias.

 
A taxa de mortalidade da doença ficou em 38,8 por 100 mil habitantes e a de letalidade em 3,8%. De acordo com o Ministério da Saúde, 1.465.970 pacientes já se recuperaram da doença.

O estado mais afetado pela pandemia do novo coronavírus continua sendo São Paulo, com 422.669 casos e 20.171 óbitos, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O número de infectados em SP supera os registrados em países europeus duramente atingidos pela crise de Covid-19, como Reino Unido, Espanha e Itália, e fica abaixo apenas dos registrados nos Estados Unidos, Índia e Rússia.

O Ceará é o segundo estado brasileiro em número de casos, somando 148.986, e o terceiro em número de mortos, com 7.284 vítimas. Já o Rio de Janeiro tem 145.121 infecções e 12.293 óbitos, o que o coloca atrás de São Paulo como o segundo estado com mais mortes.

Nesta terça-feira (21), começou a ser testada no país uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela China. As doses fazem parte da terceira fase da pesquisa e serão aplicadas em 890 profissionais da saúde, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. A estimativa é concluir as primeiras análises em até três meses.

Em plena pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde está há 67 dias sem um ministro efetivo. A pasta é comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello. Nesta terça-feira, mais uma vez, a cúpula da Saúde não concedeu entrevista coletiva para expor aos jornalistas as medidas adotadas pelo governo para combater a Covid-19.

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