Presidente do Banco do Brasil pede demissão; fatídica reunião de 22 de abril pode ter sido a “gota d’água”

     
    Presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes entregou nesta sexta-feira (24), ao ministro Paulo Guedes (Economia), pedido de demissão. A decisão foi comunicada ao mercado financeiro em fato relevante.

    O comunicado ao mercado e investidores destaca que o pedido de demissão foi entregue ao presidente Jair Bolsonaro e a Guedes. A saída de Novaes do comando do BB será efetivada em agosto, “em data a ser definida e oportunamente comunicada ao mercado”.

    Segundo consta do fato relevante, Rubem Novaes decidiu pela saída “entendendo que a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”. O novo comandante do BB, de acordo com o estatuto da instituição, será nomeado pelo presidente da República.

    Auxiliares de Guedes afirmam que Novaes, que tem 74 anos, demonstrava cansaço e teria feito o pedido para ficar perto da família no Rio de Janeiro.

     
    Apesar de ter sinalizado o desejo de ficar mais próximo da família, no Rio de Janeiro, o pedido de demissão de Novaes pegou de surpresa assessores do ministro Paulo Guedes e a cúpula do governo.

    O desejo de Rubem Novaes de deixar Brasília e voltar à capital fluminense pode ter catalisado impulso extra na fatídica reunião de 22 de abril, quando o ministro da Economia, ao referir-se ao BB, disse, em tom crítico, “então tem que vender essa porra logo”.

    “É um caso pronto e a gente não tá dando esse passo. Senhor já notou que o BNDES e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo”, afirmou Guedes.

    Na reunião palaciana, que virou caso de Justiça, Rubem Novaes ressaltou a importância do BB na agriculta, mas em seguida foi cobrado por Guedes para que passasse a defender a privatização do banco.

    Ainda na corrida presidencial de 2018, Paulo Guedes foi apresentado ao eleitorado como alguém capaz de solucionar os problemas econômicos, o que lhe rendeu o apelido de “Posto Ipiranga”, em alusão ao mote da campanha publicitária da rede de postos de combustíveis homônima. Desde então, Guedes tem se mostrado a personificação do fiasco, pois nada fez para melhorar a vida do brasileiro, que há muito encontra-se em movimento descendente.

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