OMS atribui nova alta de casos de Covid-19 à “politização” da pandemia do novo coronavírus

 
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para uma “fadiga da pandemia” e contra a politização do novo coronavírus em um momento em que o planeta enfrenta crescimento de contágios e o consequente aumento da lotação de hospitais.

“Muitos países do Hemisfério Norte estão vendo um aumento da preocupação com casos e hospitalizações”, ressaltou Tedros, falando a repórteres em Genebra na segunda-feira (26). “As unidades de terapia intensiva estão lotando em alguns lugares, particularmente na Europa e na América do Norte”, frisou.

Mais de 43 milhões de pessoas ao redor do globo testaram positivo para o novo coronavírus desde o início da pandemia, ao passo que mais de 1,1 milhão de pessoas morreram em consequência da Covid-19. Na última semana, o planeta tem registrado mais de 400 mil novos casos por dia.

Tedros disse compreender de as pessoas estarem sentindo agora uma “fadiga da pandemia”, como resultado de restrições e lockdowns. “Trabalhar em casa, escolarizar as crianças remotamente, não poder comemorar datas com amigos e familiares ou não poder se despedir de entes queridos é difícil, e a fadiga é real”, disse o chefe da OMS.

“Mas não podemos desistir”, ponderou. “Os líderes devem equilibrar a perturbação causada a vidas e meios de subsistência com a necessidade de proteger a saúde de trabalhadores e de sistemas de saúde, à medida que as unidades de terapia intensiva ficam mais cheias.”

 
O diretor da OMS também pediu aos líderes globais que sigam os conselhos de especialistas e parem de politizar o vírus. “Onde tem havido divisão política a nível nacional; onde tem havido desrespeito flagrante pela ciência e profissionais de saúde, a confusão se espalhou, e casos e mortes aumentaram”, alertou. “É por isso que eu disse repetidamente: parem com a politização da Covid-19.”

Os comentários de Tedros foram feitos após Mark Meadows, chefe de gabinete do presidente Donald Trump, afirmar à CNN que o governo americano não acredita mais que seja possível conter a pandemia.

“Nós não vamos controlar a pandemia. Vamos controlar o fato de termos vacinas, tratamentos e outras mitigações”, disse Meadows, comparando a letal Covid-19 a uma gripe sazonal.

A Europa passou a ser uma das principais preocupações atuais da OMS. ”Não há dúvidas de que a região europeia seja atualmente um epicentro da doença”, afirmou o diretor para urgências médicas da OMS, Michael Ryan. Somente na última semana, 46% das infecções pelo novo coronavírus em todo o planeta e quase um terço das mortes foram registradas na Europa. (Com agências internacionais)

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