“Esperança é a última que morre”, diz o subserviente Bolsonaro sobre a eleição presidencial nos EUA

 
Fã declarado e incontrolável de Donald Trump, postura nauseante que envergonha os brasileiros de bem, o presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta quarta-feira (4) que “a esperança é a última que morre” ao comentar a apuração das eleições americanas, que mostram seu colega americano em desvantagem em relação ao democrata Joe Biden.

“A gente tá aqui com o coração na mão com o que tá acontecendo nos Estados Unidos”, disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio Alvorada. “A esperança é a última que morre”.

Questionado por um apoiador se estava acompanhando a contagem nos EUA, Bolsonaro respondeu de maneira irônica: “O que é que você acha?”. “Todo mundo acompanhando. Parece que foi judicializado o negócio lá, um estado ou outro. Esperar um pouquinho”, completou.

Mais cedo, Bolsonaro também disse que continua a torcer por Trump. “Tenho uma boa política com o Trump, espero que ele seja reeleito. O Brasil vai continuar sendo o Brasil. Sem interferir em nada, até porque quem somos nós para interferir?”, disse o presidente da República.

De acordo com a rede de televisão CNN Brasil e o jornal “O Globo”, o Palácio do Planalto já trabalha com diversos cenários caso ocorra uma judicialização do resultado nos EUA, com o republicano contestando a derrota nos tribunais. Jornais brasileiros apontam que há um “clima de abatimento” entre os membros do governo brasileiro por causa dos resultados estaduais a favor de Biden.

 
O governo brasileiro, segundo a CNN, promoveu uma política personalista de alinhamento a Trump nos últimos dois anos, por isso deve esperar a conclusão de eventual judicialização da eleição americana para reconhecer o vitorioso. Isso significa que o Planalto não deve reconhecer Joe Biden como presidente, mesmo se ele alcançar a marca de 270 delegados no colégio eleitoral.

Nas últimas horas, Donald Trump tem entrado com ações para barrar a contagem em estados como Geórgia e Pensilvânia. Ele ainda pediu uma recontagem em Wisconsin. Trump também já indicou várias vezes que deve contestar uma eventual derrota na Suprema Corte dos EUA.

Um dos filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também vem se manifestando a favor de Trump, chegando a compartilhar publicações que tentam minar a confiança no processo eleitoral americano, apontando, sem provas, indícios de fraude.

O filho “03” de Bolsonaro declarou: “A esquerda é bem organizada em nível mundial. Por isso é importante acompanhar as eleições dos EUA. O que acontece por lá pode se repetir aqui”. Em 2018, Eduardo chegou a aparecer publicamente com um boné “Trump 2020” durante visita a Washington, após a eleição do pai.

Durante a campanha, o governo de Jair Bolsonaro chegou a dar ajuda indireta para a campanha de Trump, como na ocasião da visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao estado de Roraima, próximo da fronteira da Venezuela, em setembro. A viagem foi encarada como um gesto para a comunidade latina antichavista do estado Flórida.

A visita de Pompeo a Roraima foi alvo de críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que classificou a vinda do secretário de Estado americano como inapropriada apropriada a menos de 46 dias da eleição nos EUA. (Com agências de notícias)

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