Enquanto o presidente Donald Trump busca uma saída para reverter a derrota nas urnas para o democrata Joe Biden, o novo coronavírus continua fazendo estragos na maior economia do planeta.
De acordo com dados divulgados na noite de terça-feira (10) pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos bateram novo recorde de casos diários de Covid-19: 201.961 pessoas infectadas nas últimas 24 horas, sendo que 61.694 estão internados em hospitais de distintos estados americanos.
Os EUA são o país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus, com mais de 10 milhões de casos confirmados de Covid-19 e cerca de 240 mil mortos. Esse cenário de devastação sanitária é fruto do negacionismo de Donald Trump, que levou ao relaxamento no combate à doença.
De acordo com a rede de televisão “CNN” e o jornal “The New York Times”, as internações por Covid-19 estão sobrecarregando os hospitais e instalações médicas.
O recorde anterior de internações foi registrado em 15 de abril: 59.670 hospitalizações.
Atualmente, os EUA têm, em média, 1.661 novas hospitalizações por dia, mostram dados da Universidade Johns Hopkins. Os principais estados atingidos neste momento da pandemia são Texas, Illinois, Dakota do Sul, Ohio e Utah.
Os números são preocupantes porque aumentos nas hospitalizações são geralmente seguidos por aumentos no número de mortos. O Instituto de Avaliação e Métricas de Saúde da Universidade de Washington, por exemplo, está prevendo mais 110 mil mortos nos próximos dois meses, caso o país não altere a forma de combate à propagação do vírus.
Desafio para Biden
A rapidez com que cresceu o número de internações uma semana após a conturbada eleição presidencial, que deu a Joe Biden o status de presidente eleito dos EUA, obrigou o democrata a anunciar que seu principal objetivo ao tomar posse será conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no país e salvar vidas.
Biden criou uma força-tarefa para lutar contra a pandemia, defendeu o uso de máscara de proteção e disse que a vacina será gratuita.
O grupo de consultores para o combate à Covid-19 anunciado por Biden tem entre seus integrantes uma brasileira. Trata-se de Luciana Borio, pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, ex-diretora de preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional do país e ex-cientista-chefe interina da FDA (Food and Drug Administration), órgão órgão equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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