Paulo Guedes é o mais novo membro do governo a ingressar no “clube do descrédito”, liderado por Bolsonaro

 
Que o governo do presidente Jair Bolsonaro é uma piada de péssimo gosto todos sabem, sem exceção, mas o descrédito que sobe a rampa do Palácio do Planalto diariamente tem levado o Brasil a enfrentar piadas e deboches de todos os naipes.

Não bastasse a pífia ameaça de Bolsonaro ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, declaração estúpida e irresponsável que colocou as Forças Armadas na vala dos chistes e das gozações, agora é a vez do ainda ministro Paulo Guedes, da Economia, a sofrer com o descrédito, situação preocupante e grave se considerarmos a importância da pasta em questão.

Desde a corrida presidencial de 2018, o UCHO.INFO afirma que Guedes é um teórico conhecido que fracassa rotineiramente ao tentar levar suas ideias ao campo da realidade. Alguém há de dizer que o ministro foi um dos fundadores de conhecido banco de investimentos, mas nesse caso prevaleceram o talento e o faro para negócios dos outros dois responsáveis pela criação da instituição financeira.

Há dias, Paulo Guedes revelou estar frustrado por não ter conseguido, após quase dois anos, vender uma estatal sequer. O ministro deveria sentir vergonha por não ter conseguido até o momento minimizar o calvário do trabalhador brasileiro, que já era evidente antes da pandemia do novo coronavírus, mas piorou sobremaneira após o advento viral.

Ao longo desses quase 24 meses de um governo populista e détraqué, Guedes dedicou-se a arrumar confusões no Legislativo, a participar de palestras promovidas por entidades financeiras e disparar impropérios aos quatro ventos. Enquanto isso, a tragédia social reinante no Brasil só fez crescer.

Em clara demonstração de que perda de confiança, Paulo Guedes disse há dias que o Brasil corre o sério risco de retornar ao cenário da hiperinflação “se não rolar a dívida pública satisfatoriamente”.

 
A declaração de Guedes é tão absurda, em que pese um eventual embasamento técnico, que seus assessores foram céleres em afirmar que a afirmação não deveria ser encarada como “terrorismo fiscal”.

O que pensam e dizem Paulo Guedes e seus principais asseclas pouco importa a essa altura dos acontecimentos, pois o problema maior do País está na insanidade do presidente da República, que insiste em fomentar a desconfiança dos investidores em relação ao Brasil a partir de seus devaneios ideológicos e declarações estapafúrdias.

No momento em que o País precisa estreitar laços no campo internacional e incentivar o comércio bilateral, Bolsonaro, agindo como capacho de Donald Trump, decide abrir guerra com a China, maior parceiro comercial do Brasil, para satisfazer um derrotado nas urnas que se recusa a reconhecer o resultado da eleição.

Não obstante, Jair Bolsonaro ameaça o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, caso o Brasil venha a sofrer sanções comerciais em decorrência da não proteção da Amazônia. Ao dizer que “quando acabar a saliva, tem que ter pólvora”, o presidente deixou evidente que o seu governo não pode ser levado a sério, até mesmo pelo maior abilolado do planeta. Lembrando que os EUA são o segundo maior parceiro comercial brasileiro.

Voltando a Guedes… Em qualquer país minimamente sério e civilizado, a declaração do ministro da Economia sobre a possibilidade de hiperinflação teria provocado, nos dias subsequentes, uma hecatombe no mercado financeiro. Como Paulo Guedes também virou motivo de piada, inclusive entre seus iguais, o mercado financeiro sequer “mexeu a pestana”. Ou seja, o que Guedes fala e nada são a mesma coisa.

Ademais, a performance embusteira de Paulo Guedes como ministro foi referendada nesta quinta-feira (12), quando o titular da Economia confirmou notícia pretérita do UCHO.INFO: o programa “Bolsa Família” continuará valendo, ao passo que o “Renda Cidadã” vai pelos ares. Ou seja, mais um delírio governamental arremessado ao ralo. É importante destacar que Guedes sugeriu a criação de um novo imposto, nos moldes da famigerada e sepultada CPMF, para custear o novo benefício social, que ficou no fácil discurso palaciano.

Isso posto, somente um irresponsável é capaz de acreditar que a república bananeira em que se transformou o Brasil tem chances de virar o jogo e salvar o cidadão do abismo da miséria.

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