Covid-19: “Não podemos esperar até UTIs estarem cheias”, diz Merkel ao justificar medidas restritivas

 
Chefe do governo alemão, a chanceler Angela Merkel afirmou nesta quinta-feira (26), perante o Bundestag (Parlamento), que a taxa de infecção pelo novo coronavírus continua muito elevada no país e um afrouxamento das restrições impostas para conter a pandemia não seria uma atitude responsável.

Merkel dirigiu-se aos parlamentares para justificar as novas medidas adotadas pelo governo e pelos líderes estaduais no dia anterior. As medidas preveem a extensão das regras de restrição em vigor até pelo menos 20 de dezembro, possivelmente até o começo de janeiro.

Algumas regras foram até mesmo endurecidas: no máximo cinco pessoas de duas residências poderão se encontrar (crianças de até 14 anos não entram na conta). O limite em vigor era de dez pessoas.

As autoridades regionais também poderão adotar medidas adicionais em regiões onde a taxa média de sete dias de novas infecções for superior a 200 por 100 mil habitantes.

Merkel defendeu as medidas adotadas por ela e pelos líderes estaduais em 2 de novembro e afirmou que elas conseguiram impedir o pior. “É inimaginável onde estaríamos hoje se não estivéssemos dispostos e em condições de fazer esse esforço nacional quatro semanas atrás, já no último minuto”, afirmou.

Por isso, não é possível dar qualquer garantia de que haja um afrouxamento das regras durante as festas de fim de ano, e que o mais provável é que as medidas restritivas sigam em vigor até o início de janeiro.

Angela Merkel ressalvou, porém, que durante o Natal e o Ano Novo até dez pessoas de duas residências poderão se encontrar para os festejos, sem contar as crianças de até 14 anos. Ela disse, no entanto, que se deve avaliar se esse limite de dez pessoas precisa ser atingido. A chanceler apelou aos alemães para que evitem todo contato social que não for necessário.

 
Número de infecções em alta

Merkel afirmou que as medidas adotadas no início de novembro foram bem-sucedidas, mas que esse resultado inicial não é sustentável, e que é urgente reduzir a taxa de infecções, que está estagnada num patamar muito elevado.

“Nossa meta era e continua sendo baixar o número de infecções de tal forma que as autoridades de saúde estejam de novo em condições de identificar e quebrar cadeias de infecções”, declarou.

Isso acontece quando o número médio de novas infecções num período de sete dias for abaixo de 50 por 100 mil habitantes. A maioria das regiões alemãs registra números bem superiores a isso.

“Se formos esperar até as UTIs estarem cheias, aí seria tarde demais”, afirmou, acrescentando que as primeiras vacinas deverão chegar ainda em dezembro.

O Instituto Robert Koch comunicou nesta quinta-feira que a Alemanha registrou, nas últimas 24 horas, 22.268 novas infecções pelo novo coronavírus e 389 mortes por Covid-19. Na quarta, o número de novas infecções foi de 18.633, e o de mortes, de 410. (Com agências internacionais)

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