Diretor da Organização Mundial da Saúde pede que Brasil leve a pandemia de Covid-19 a sério

 
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (30) que a situação da epidemia de Covid-19 no Brasil é “muito preocupante”.

“O Brasil teve seu ápice em julho. O número de casos estava diminuindo, mas em novembro os números voltaram a subir. O Brasil precisa levar [isso] muito, muito a sério. É muito, muito preocupante”, afirmou Tedros aos jornalistas.

Após diminuição no ritmo da epidemia e uma queda no número de mortos, o Brasil vem enfrentando nas últimas semanas aumento dos casos e de óbitos em decorrência da Covid-19.

Na última semana, a taxa de contágio no País foi a maior desde maio, segundo dados do Imperial College de Londres, no Reino Unido. A estimativa da instituição pôs o índice em 1,30 – ou seja, cada 100 pessoas contaminadas transmitiam o vírus para outras 130, em média.

De acordo com dados divulgados no domingo (29), o total de infectados no Brasil desde o início da epidemia é de 6.314.740, enquanto o total de óbitos chega a 172.833.

Tedros fez um apelo para que, em todo o planeta, seja evitada a realização de festas de fim de ano com grande número de pessoas, como forma de conter a propagação do novo coronavírus.

 
“É recomendável comemorar em casa, evitar reuniões com pessoas de fora, e se houver encontros, essas pessoas devem estar, de preferência, no exterior [das casas], com distância física e usando uma máscara”, aconselhou.

“Todos temos que nos perguntar se, nestas circunstâncias, é preciso viajar, se é realmente necessário, pois [este] é o momento de ficar em casa e seguro”, completou.

Há dias, Tedros Adhanom destacou a primeira queda clara nos casos globais de infecção desde setembro, especialmente por causa da desaceleração do contágio na Europa. No entanto, ele advertiu que o cenário poderia mudar rapidamente. Hoje, o diretor-geral reforçou o alerta.

“A pandemia vai mudar a maneira como celebramos, mas isso não significa que não possamos fazê-lo”, disse Tedros, que admitiu entender o desejo das famílias se reunirem, embora afirme que é preciso atenção. “Temos que considerar os riscos que corremos com nossas decisões”, acrescentou.

O diretor-geral da OMS reconheceu seu temor diante da possibilidade de as festas de fim de ano se tornarem fator de produção de uma nova onda de infecções em todo o globo, já que não há garantias de vacinação em massa até lá.

Tedros também recomendou que sejam evitados “os shoppings, se houver muita gente neles”, sugerindo que a população tente ir em horários de menor movimento e busque optar pelo comércio eletrônico. (Com agências internacionais)

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