Covid-19: Alemanha decide estender “lockdown” parcial até 10 de janeiro

 
A Alemanha decidiu estender o “lockdown” parcial em vigor no país até pelo menos 10 de janeiro, anunciou na quarta-feira (2) a chanceler Angela Merkel, após reunião com os líderes estaduais para discutir a pandemia do novo coronavírus.

As medidas restritivas haviam sido reimpostas em 2 de novembro, inicialmente programadas para durar quatro semanas, e mais tarde endurecidas e prorrogadas até 20 de dezembro. Agora, mais três semanas foram adicionadas à conta, em evidente esforço para conter ainda mais os contágios.

As normas incluem o fechamento de restaurantes, bares, academias, cinemas e áreas de lazer, enquanto as lojas foram mantidas abertas, mas com limites estritos no número de clientes. As escolas também permanecem funcionando, e os cidadãos não foram obrigados a ficar em casa, mas reuniões privadas estão limitadas a cinco pessoas de até duas residências.

“Em princípio, a situação vai ficar como está”, afirmou Merkel após a reunião por videoconferência, observando que a Alemanha está “muito longe” de taxas de infecção gerenciáveis.

As autoridades alemãs visam reduzir o ritmo dos contágios até que os novos casos não ultrapassem 50 por grupo de 100 mil habitantes em sete dias. Atualmente, esse número está em cerca de 135 casos por 100 mil habitantes.

A Merkel informou que uma nova reunião com os governadores está marcada para 4 de janeiro, a fim de avaliar a situação e decidir sobre o fim ou uma nova extensão do “lockdown”.

A decisão tomada na quarta-feira ocorre no mesmo dia em que o Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental de controle e prevenção de doenças infecciosas, reportou 487 mortes por Covid-19 em 24 horas, um recorde no país. Também foram registrados mais de 17 mil novos casos.

 
As autoridades de saúde estão observando uma ligeira desaceleração na disseminação da doença, mas alertaram que a extensão do “lockdown” parcial é necessária para manter esse ritmo.

Além disso, o governo está preocupado com um aumento no número de casos se as pessoas decidirem viajar grandes distâncias para visitar seus familiares no feriado de Natal, período durante o qual as restrições serão levemente afrouxadas.

O governador da Baviera, Markus Söder, afirmou que os líderes alemães talvez precisem considerar endurecer as medidas de contenção. “A questão é se podemos manter este país neste tipo de semiconsciência, ou se teremos que considerar em algum momento adotar uma abordagem mais dura e mais focada em algumas áreas”, disse Söder.

No passado, o governo federal e os governos regionais da Alemanha viveram impasses sobre como impor rigorosamente o “lockdown”, uma vez que os casos se concentravam no sul e oeste do país. Embora Merkel sempre tenha sido a favor de medidas mais rígidas, muitos dos governadores, que têm a palavra final sob o sistema federal alemão, se opuseram. Isso está começando a mudar.

Na quarta-feira, a chanceler também afirmou que a Alemanha está preparando um programa de vacinação, visando iniciar o processo já no fim de dezembro.

De acordo com Angela Merkel, um total de 70 milhões de doses das vacinas desenvolvidas pela Moderna e pela Biontech/Pfizer deverá ser entregue ao longo do primeiro trimestre do ano de 2021, se ambas receberem autorização para aplicação no país.

A Alemanha foi elogiada por ter lidado relativamente bem com a primeira onda de Covid-19 no início deste ano, mas os números voltaram a disparar em outubro, anunciando uma segunda onda. Ao todo, o país soma mais de 1 milhão de casos de Covid-19 e 17.123 mortes ligadas à doença. (Com agências internacionais)

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.