Europa chega ao fim do ano parcialmente paralisada pela pandemia do novo coronavírus

 
Os principais países da Europa chegam ao fim do ano com dificuldades de controlar a segunda onda do novo coronavírus e com suas economias mais uma vez parcialmente paralisadas.

Países como Itália, França, Reino Unido e Bélgica estão em lockdown, cada qual com suas próprias regras e critérios para combater o aumento do número de casos e mortes por Covid-19.

Maior economia da Europa, a Alemanha, que no domingo (13) retomou medidas mais duras para conter o aumento de casos e mortes por Covid-19, está entre a nações que se viram obrigadas a agir com maior rigor para conter a doença.

Em todo o continente europeu, governos e autoridades de saúde impuseram restrições amplas ou setorizadas, de acordo com as circunstâncias de cada território.

Alemanha volta a fechar escolas

As medidas, criticadas por muitos por restringirem as reuniões de família e as festas nos feriados de fim de ano, vêm como um remédio amargo para tentar conter o novo coronavírus, que começou a esse espalhar pelo globo há quase um ano.

Entre as medidas adotadas na Alemanha está o fechamento do comércio não essencial e das escolas, já a partir desta quarta-feira, até o dia 10 de janeiro. As empresas estão orientadas a dispensar ou dar férias aos funcionários e a dar prioridade ao trabalho remoto.

Permanecem funcionando estabelecimentos como farmácias, conveniências, postos de combustível, bancos e supermercados, além de feiras e serviços de entrega. Restaurantes podem oferecer comida e bebida para viagem.

Encontros privados continuam limitados a um máximo de cinco pessoas de dois domicílios. Nos feriados de Natal, entre 24 e 26 de dezembro, devem ser permitidos encontros com outras quatro pessoas de fora do próprio domicílio, contanto que elas sejam parentes próximos. Isso não inclui os menores de 14 anos.

O consumo de álcool em locais públicos passa a ser proibido desta quarta-feira até 10 de janeiro. Durante as festividades de Ano Novo, são proibidas reuniões e aglomerações públicas, assim como a venda e a queima de fogos de artifício em público.

Itália lidera contagem de mortes

Na Itália, país europeu mais atingido durante a primeira onda de Covid-19, números da doença voltaram a aumentar rapidamente e já superam os do Reino Unido. A Itália voltou a registrar a maior contagem de mortos no continente, segundo a Universidade Johns Hopkins, que monitora os dados da doença em todo o planeta.

De acordo com a instituição americana, a Itália soma 64.520 óbitos, enquanto o Reino Unido acumula 64.267. Os dois números, porém, são uma sub-representação dos danos reais causados pela pandemia. Os critérios de contagem são diferentes nos dois países, e acredita-se que muitas das mortes em razão da doença não tenham sido detectadas, uma vez que grande número de vítimas não foram testadas para Covid-19.

O aumento exponencial de casos e mortes na Itália forçou as autoridades a reimpor medidas drásticas de contenção.

Entre de 21 de dezembro e 6 de janeiro, será proibido o deslocamento dentro do território nacional e até mesmo entre as regiões e províncias autônomas do país. No dia 25 e 26, será proibido o trânsito entre os municípios, assim como no dia 1º de janeiro, a não ser por razões de trabalho, necessidade ou de saúde.

 
O toque de recolher será válido entre as 10h e as 17h. Na noite do réveillon, será ampliado até as 7h00 do dia 1º de janeiro. Os italianos que estão em viagem ao exterior devem ser submetidos a quarentena de 14 dias após retornarem ao país, o que vale também para estrangeiros que viajarem para a Itália.

O comércio poderá abrir até as 21h até o dia 6 de janeiro, com exceção dos feriados e das vésperas, onde todas as lojas devem fechar, a não ser farmácias, lojas de alimentos e produtos agrícolas, além das bancas de jornais.

As aulas na pré-escola até a escola primária continuam em caráter presencial. A parti de 7 de janeiro, 75% das aulas para os demais níveis deverão ocorrer também com a presença dos alunos.

População em lockdown na França

Na França, as regiões metropolitanas estão em lockdown. As pessoas apenas podem sair de suas casas em posse de um certificado de isenção, caso se enquadrem em algumas categorias, como viagens de negócios essenciais, deslocamento para o local de trabalho (no caso das empresas ou negócios que ainda possam funcionar) e consultas médicas que sejam inevitáveis.

Também é permitido sair para cuidar de pessoas em condição vulnerável ou de crianças ou para atividades ao ar livre individuais ou entre pessoas que morem em um mesmo domicilio. As pessoas devem trabalhar em suas casas, sempre que possível.

As escolas e jardins de infância permanecem abertos, com o uso obrigatório de máscaras para crianças acima dos 6 anos. Nas universidades, as aulas devem ocorrer somente por videoconferência. O comércio permanece aberto, mas os bares cafés e restaurantes ainda estão fechados.

Serviços públicos também funcionam, assim como os locais religiosos que podem realizar cerimônias com, no máximo, 30 pessoas. O uso de máscaras é obrigatório em todos os locais.

Reino Unido e Bélgica em alerta

As autoridades do Reino Unido colocaram o país em zonas de três níveis diferentes, de acordo com o grau de intensidade da doença, sendo o 1º de alerta médio, o 2º de alerta alto e 3º de alerta muito alto. A capital, Londres, está atualmente no nível 2, mas segundo relatos da imprensa britânica, deve ser elevada para o nível 3 na próxima avaliação nacional, no dia 16 de dezembro.

Em quaisquer desses três níveis é obrigatório o uso de máscaras na maioria dos ambientes internos e a obediência às regras básicas de higiene e de segurança. As escolas e universidades permanecem abertas, e as atividades físicas são recomendadas, ainda que com restrições. Todos os níveis possuem restrições para reuniões em grupo ou sociais.

No nível 3, o mais alto, são proibidas as reuniões em ambientes internos entre pessoas que não morem no mesmo endereço. Nos ambientes externos, com parques, jardins, locais de práticas esportivas e praias, estão vedadas as reuniões com mais de seis pessoas.

Bares, cafés e restaurantes devem fechar, podendo apenas servir para viagem, entrega ou em esquema drive-thru. Hotéis e outras acomodações também devem permanecer fechados.

Na Bélgica, as autoridades enfatizam a necessidade das medidas essenciais de proteção, como o distanciamento social de 1,5 metro e o uso de máscaras, quando a distância física não for possível. O governo recomenda evitar contatos próximos sempre que possível, e recomenda que cada cidadão mantenha contato com apenas uma pessoa fora de suas residências.

Os encontros sociais devem se limitar ao máximo de quatro pessoas, não incluindo crianças de até 12 anos de idade. O trabalho remoto é obrigatório, a não ser quando não é possível devido à natureza da função. Para as exceções, deve-se observar uma série de regras, que inclui a distância mínima entre os funcionários. (Com Deutsche Welle e agências internacionais)

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