Covid-19: vacina AstraZeneca-Oxford tem proteção de 76% por três meses após primeira dose

 
A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca oferece pelo menos 76% de proteção contra o novo coronavírus e reduz a transmissão em 67% até doze semanas após a aplicação da primeira dose.

A conclusão aparece em estudo publicado na revista científica “The Lancet” nesta quarta-feira (3). O artigo ainda precisa ser revisado por outros pesquisadores, prática corriqueira no universo científico.

Segundo o estudo, a eficácia de 76% se refere ao período entre o vigésimo segundo e o nonagésimo dia após a aplicação da primeira dose, sendo que e a proteção não cai durante esse intervalo de tempo. A eficácia da vacina chega a 82,4% quando aplicada a segunda dose três meses após a primeira imunização.

A divulgação do estudo é importante porque dá suporte ao Reino Unido, um dos países que mais vacina em todo o planeta, na controversa decisão de estender o intervalo entre a primeira e a segunda dose, em meio a atrasos no fornecimento do imunizante.

Intervalo ideal

Segundo o estudo, nenhuma das 12.408 pessoas vacinadas com dose única da vacina foi hospitalizada com Covid-19 a partir de 22 dias após a imunização.

 
A Universidade de Oxford afirma que o intervalo de dosagem teve impacto “pronunciado” sobre a eficácia da vacina. A vacina foi 82,4% eficaz quando uma segunda dose foi administrada após 12 semanas ou mais, em comparação com 54,9% quando o reforço foi administrado menos de seis semanas após a primeira dose.

Os cientistas da Universidade de Oxford dizem que o estudo sugere que é o intervalo de dosagem, não o nível de dosagem, que tem impacto maior sobre a eficácia da vacina. Isso estaria de acordo com as pesquisas anteriores realizadas sobre os intervalos entre as doses em vacinas contra gripe, ebola e malária.

No início deste mês, o chefe de pesquisa da AstraZeneca disse que o intervalo de oito a doze semanas entre as doses parecia ser o “ponto ideal” para a eficácia. Isso contrasta com a farmacêutica americana Pfizer, que alertou que sua vacina, desenvolvida em parceira com a alemã Biontech, não foi testada com tal intervalo.

A universidade espera divulgar nos próximos dias mais análises sobre a capacidade da vacina de neutralizar as diferentes variantes do novo coronavírus.

Paralelamente, dois novos estudos divulgados na terça-feira mostraram que a vacina para Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech parece ser eficaz em proporcionar proteção contra a variante britânica. (Com agências internacionais)

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