Covid-19: “Mutações podem destruir nossas conquistas”, diz a chanceler Angela Merkel

 
A chanceler alemã Angela Merkel defendeu nesta quinta-feira (11), perante os parlamentares no Bundestag (Parlamento alemão), a decisão tomada pelos governos federal e estaduais de prolongar até 7 de março o “lockdown” por causa da pandemia de Covid-19.

A chefe do governo alemão disse concordar com o argumento de que há uma clara tendência de declínio nos números de novas infecções, mas alertou para o perigo representado pelas mutações do novo coronavírus, “que podem destruir todas as conquistas” das últimas semanas.

Merkel lembrou que as variantes do novo coronavírus são bem mais perigosas e transmissíveis e estão se impondo perante a variante inicial, o que já pode ser confirmado em outros países.

Na Alemanha já foram registrados casos das variantes identificadas pela primeira vez no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil, disse a chanceler.

“Eu não acredito que esse vai e vem, abre e depois fecha de novo, realmente traga mais previsibilidade para as pessoas do que esperar mais alguns dias”, comentou.

 
Ao mesmo tempo, a chanceler reconheceu erros na condução da pandemia. No verão europeu de 2020, uma vida mais ou menos normal voltara a ser normal, lembrou. “Mas não fomos precavidos o suficiente nem rápidos o suficiente”, observou.

De acordo com Merkel, o governo deveria ter reagido de forma mais rápida quando as infecções voltaram a subir, impondo logo um “lockdown”. A explosão no número de infecções que se viu a seguir foi consequência de uma “atitude hesitante” por parte do governo, disse.

Oposição critica

A oposição criticou a gestão da pandemia pelo governo. A líder da bancada do partido populista de direita AfD, Alice Weidel, acusou o governo de agir de forma inconstitucional, de impor amplas restrições às vidas dos cidadãos e criar efeitos colaterais imensuráveis.

O partido “A Esquerda” e o liberal FDP voltaram a pedir maior participação do Parlamento na tomada de decisões. O presidente do FPD, Christian Lindner, disse que a população aguardava uma abertura maior diante do “imenso desgaste” que o “lockdown” provoca na sociedade.

Até 7 de março

A decisão de prolongar o “lockdown” em vigor desde meados de dezembro foi tomada em Berlim, nesta quarta-feira, durante reunião entre Merkel e os governadores estaduais. O “lockdown” estava previsto para acabar no próximo domingo (14).

O principal critério para uma abertura é a incidência semanal de novas infecções. Os governos querem que ela fique pelo menos abaixo de 50 por 100 mil habitantes, de preferência abaixo de 35. O número está em queda na Alemanha já há vários dias, e nesta quinta-feira caiu de novo, para 64 novas infecções por cem mil habitantes. (Com agências internacionais)

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