Covid-19: com 1.786 novas mortes pela doença em 24 horas, Brasil ultrapassa a marca de 261 mil óbitos

 
Enquanto o presidente da República, Jair Bolsonaro, a bordo da sua irresponsabilidade genocida, sugeria que o brasileiro deveria “deixar de frescura e mimimi” e enfrentar a pandemia sem medo, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) contabilizava 1.786 mortes por Covid-19 em todo o País, nas últimas 24 horas. O número de óbitos é ligeiramente menor do contabilizado na quarta-feira (3) – 1.840 –, mas mesmo assim um dos recordes desde o início da crise sanitária no País. Com os novos dados, o total de óbitos pela pandemia chegou a 261.188.

Com base no novo balanço, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias chegou a 1.361, alta de 30% em comparação à média de registrada há 14 dias. Esse dado indica tendência de alta nos óbitos por Covid-19. Há 43 dias a média móvel de mortes está acima de 1 mil, pelo quinto dia a marca aparece acima de 1,2 mil.

Em relação a casos confirmados, o País registrou 74.285 novos diagnósticos no intervalo de 24 horas, totalizando 10.796.506 brasileiros já infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia no território nacional. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 57.517 novos diagnósticos diários, avanço de 27% em relação à média registrada há duas semanas. Essa mediana também indica tendência de alta nos casos confirmados da doença.

Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante.

 
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até a noite de quarta-feira (3) 9.591.590 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados. O balanço da vacinação desta quinta-feira (4) aponta que 7.671.525 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra Covid-19, o que corresponde a 3,62% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 2.463.894 pessoas (1,16% da população). No total, 10.135.419 doses foram aplicadas em todo o País. É importante ressaltar que o Brasil precisa vacinar pelo menos 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

Com base nas informações do Conass, 16 entes da federação registram alta no número de mortes por Covid-19: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Acre, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em estabilidade no tocante aos óbitos estão oito estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima e Pernambuco. Em queda: Amazonas e Amapá.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 124,2 no Brasil, a 21ª mais alta do planeta, desconsiderados países classificados como pequenos – Andorra, Liechtenstein e San Marino.

Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país com maior número de infecções (10.796.506), atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 28,8 milhões de casos, e da Índia, com 11,1 milhões. Porém, é o segundo em número absoluto de mortos, já que mais de 519 mil pessoas morreram nos EUA.

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 115,4 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,56 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações decorrentes da Covid-19.

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