Covid-19: Brasil registra 2.349 mortes em 24 horas, recorde da pandemia; total de óbitos é de quase 271 mil

 
Nesta quarta-feira (10), dia em que o presidente Jair Bolsonaro fingiu ter se desvencilhado da cangalha do negacionismo criminoso, o Brasil registrou, no intervalo de 24 horas, 2.349 mortes por Covid-19, maior marca desde o início da pandemia. Ao todo, o País já contabiliza 270.917 óbitos decorrentes do novo coronavírus. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa.

O elevado número de mortes desta quarta deve-se ao fato de que no dia anterior, terça-feira (9), o estado de Goiás não divulgou os dados sobre a pandemia. No contraponto, o Distrito federal não divulgou dados sobre a Covid-19 nesta quarta-feira. O assustador número de óbitos mostra que a pandemia avança de forma descontrolada em todo o País, sem que o governo federal tome medidas para reverter o quadro.

De acordo com o novo balanço do Conass, a média móvel de mortes por Covid-19 nos últimos sete dias ficou em 1.645, marca também recorde, alta de 43% na comparação com a média registrada há duas semanas. Há 49 dias a média móvel de mortes está acima da marca de 1 mil, 13 dias acima de 1,1 mil, e pelo décimo primeiro dia a marca aparece acima de 1,2 mil.

Em relação a casos confirmados, o País teve 80.955 novos diagnósticos nas últimas 24 horas, totalizando 11.205.972 brasileiros que já contraíram o novo coronavírus. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 69.107 novos diagnósticos diários – maior média desde o início da crise sanitária no Brasil. Isso representa alta de 32% em relação aos casos registrados há duas semanas.

 
Segundo o Ministério da Saúde, até esta quarta-feira 9.913.739 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga número de recuperados. O balanço da vacinação mostra que até o momento 9.013.639 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra Covid-19, o que representa 4,26% da população brasileira. A segunda dose já foi aplicada em 3.166.189 pessoas (1,5% da população). No total, 12.179.828 doses foram aplicadas em todo o País

Prova maior do impiedoso avanço da pandemia é o fato de que 23 entes federados registram alta nos números de mortes por Covid-19: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Tocantins, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em estabilidade encontram-se dois estados: Minas gerais e Roraima. Em queda, Rio de Janeiro e Amazonas. Lembrando que nesta quarta-feira o Distrito Federal não atualizou os dados sobre a pandemia.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 128,8 no Brasil, a 20ª mais alta do planeta, desconsiderados os países classificados como pequenos: Andorra, Liechtenstein e San Marino.

Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país com maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 29 milhões de casos, e da Índia, com 11,3 milhões. Contudo, o Brasil é o segundo em número absoluto de mortos, já que mais de 527 mil pessoas morreram nos EUA.

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 117,8 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que 2,6 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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