Tragédia: Brasil registra 4.211 mortes por Covid-19 em 24 horas; ao todo são mais de 337 mil óbitos

 
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro insiste em seu negacionismo tosco, o novo coronavírus vem promovendo verdadeira tragédia no País. Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou a impressionante marca de 4.211 mortes por Covid-19, totalizando 337.364 óbitos pela doença desde o início da pandemia.

Com o novo balanço, a média de móvel de mortes nos últimos sete dias ficou em 2.775, alta de 14% na comparação com o índice de quatorze dias atrás. Os dados são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta terça-feira (6) pelo consórcio de veículos de imprensa.

Como antecipou o UCHO.INFO na edição de segunda-feira (5), o elevado número de óbitos por Covid-19 é fruto do represamento de dados do feriado prolongado da Páscoa. Nos finais de semana e em feriados, o número de funcionários públicos de setores relacionados à pandemia é menor e acaba impactando os resultados b=nos dias uteis subsequentes. Mesmo assim, a disparada de óbitos é mais um alerta para que a população evite sair e siga as regras de proteção, como uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos.

Além do Brasil, somete os Estados Unidos registraram mais de 4 mil mortes por Covid-19 em intervalo de 24 horas. No pior momento da pandemia, os EUA registram 4.476 óbitos pela doença em 12 de janeiro, de acordo com dados do portal Our World in Data. O país com a terceira pior marca foi a Argentina, com 3.351 mortes anotadas em 1º de outubro do ano passado, segundo o portal.

Há 76 dias a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil está acima de 1 mil; há 21 dias acima de 2 mil mortos; e há 11 dias, acima de 2,5 mil.

Em relação a casos confirmados, nas últimas 34 horas foram registrados 82.869 novos diagnósticos, sendo que desde o começo da crise sanitária 13.106.058 de brasileiros já contraíram o novo coronavírus.

A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 63.143, queda de 16%, quando comprado com o total de diagnósticos positivos registrado há duas semanas. Esse índice indica queda no número de casos, mas pode voltar a subir por conta das aglomerações na Semana Santa.

Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

 
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até a noite de segunda-feira 11.436.189 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.

No tocante ao plano de imunização do governo federal, até esta terça-feira 20.828.398 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 9,84% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 5.881.392 pessoas, o que equivale a 2,78% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

Panorama nos estados e no planeta

Com base nos dados do Conass, 14 entes federativos registram alta no número de mortes por Covid-19: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Oito estados brasileiros têm estabilidade de mortes: Santa Catarina, Paraná, Goiás, Tocantins, Rondônia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe. Cinco estados têm queda: Rio Grande do Sul, Acre, Amazonas, Roraima e Bahia.

A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes no Brasil saltou para 160,3. Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 30,78 milhões de casos e mais de 555 mil óbitos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 132,1 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus ao redor do planeta, segundo números oficiais, sendo que 2,86 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

Mortes em alta

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta terça-feira boletim extraordinário do Observatório Covid-19 em que prevê que a pandemia do novo coronavírus permanecerá em níveis críticos no Brasil durante o mês de abril.

Levantamento da Fiocruz aponta a taxa de letalidade entre os infectados pela doença na semana epidemiológica de 28 de março a 3 de abril foi de 4,2%, 0,9 ponto percentual acima da taxa da semana anterior. No final de 2020, esse indicador era de aproximadamente 2%.

Os pesquisadores da fundação afirmam que crescimento da letalidade pode ser consequência “da falta de capacidade de se diagnosticar, correta e oportunamente, os casos graves, somado à sobrecarga dos hospitais”.

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