Brasil registra 3.647 mortes por Covid-19 em 24 horas; total de óbitos está perto de 350 mil

 
Em mais um dia trágico da pandemia, o Brasil registrou 3.647 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas (1 morte a cada 25 segundos), totalizando 348.934 óbitos desde o início da crise sanitária. Com os novos dados, a média móvel de mortes nos últimos sete dias ficou em 2.938, alta de 15% em comparação com o índice de duas semanas atrás. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta sexta-feira (9) pelo consórcio de veículos de imprensa.

Há 79 dias a média móvel de mortes no Brasil está acima de 1 mil; há 24 dias, acima de 2 mil; e há duas semanas, acima de 2,5 mil. Agora a média caminha na direção dos 3 mil óbitos diários, o que confirma o descontrole da pandemia.

Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas foram registrados 89.090 novos diagnósticos, sendo que desde o começo da crise sanitária 13.375.414 brasileiros já contraíram o novo coronavírus. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 66.148, recuo de 14% em relação à mediana de quatorze dias atrás.

Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, até a noite de quinta-feira (8) 11.791.885 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.

 
Em relação à imunização, até esta sexta-feira 22.686.106 pessoas haviam recebido a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 10,71% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 6. 843.168 pessoas, o que equivale a 3,23% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para conter a circulação do novo coronavírus.

Com base nos dados do Conass, 13 entes federativos apresentam alta no número de mortes por Covid-19: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará e Pernambuco. Oito estados brasileiro registram estabilidade de óbitos: Goiás, Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Alagoas, Paraíba e Sergipe. Seis estados apresentam queda: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Bahia e Rio Grande do Norte.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 165,9 no Brasil, a 14ª maior do planeta, quando excluídos países considerados pequenos, como Andorra, Liechtenstein e San Marino.

No momento, o Brasil é o líder global de novas mortes diárias, respondendo por cerca de 27% dos novos óbitos por Covid-19 em todo o planeta, segundo dados do site “Our World in Data”, vinculado à Universidade de Oxford. Apenas a título de comparação, o detém cerca de 2,7% da população do planeta. Ou seja, a proporção é de um para dez.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de infecções confirmadas e mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 31 milhões de casos e 560,1 mil óbitos, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.

Ao todo, desde o começo da pandemia, mais de 134,3 milhões de pessoas já contraíram o novo coronavírus ao redor do planeta, segundo números oficiais, e 2,9 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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