Pela primeira vez desde novembro, mortes por Covid-19 têm queda no Brasil; total de óbitos passa de 386 mil

 
O Brasil registrou 2.866 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 386.623 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Com o novo balanço, a média móvel de mortes no nos últimos sete dias foi de 2.514, redução de 17% na comparação com o índice de quatorze dias atrás.

Trata-se da maior queda desde 11 de novembro, quando a média móvel de mortes apresentou recuo de 27%. É a primeira vez desde 12 de novembro que o indicador apresenta tendência de queda. Há 93 dias o Brasil registra média móvel de mortes acima de 1 mil; há 38 dias, acima de 2 mil.

Os dados são do Conselho nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram divulgados na noite desta sexta-feira (23) pelo consórcio de veículos de imprensa.

Em relação a casos confirmados, nas últimas 24 horas foram registrados 65.971 novos diagnósticos, sendo que desde o começo da crise sanitária 14.238.110 brasileiros contraíram o novo coronavírus. A média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 57.681 novos diagnósticos, queda de 18% em relação aos casos registrados em há duas semanas.

Os números reais de casos e de óbitos pela doença são muito maiores, principalmente por causa da baixa testagem em larga escala e da subnotificação, como tem afirmado o UCHO.INFO desde o primeiro registro da presença do novo coronavírus em território brasileiro. Autoridades de saúde reconhecem que o cenário provocado pelo novo coronavírus no Brasil é muito mais grave e preocupante. Pelos nossos cálculos, com base em informações de especialistas em epidemiologia, o número de mortes por Covid-19 no Brasil é pelo menos 50% maior.

 
De acordo com informações do Ministério da Saúde, até a noite de quinta-feira (22) 12.673.785 pacientes haviam se recuperado da Covid-19. O Conass não divulga o número de recuperados.

Em relação à imunização contra Covid-19, o balanço desta terça-feira-feira mostra que 28.765.257 pessoas já receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19, o que representa 13,58% da população brasileira. A segunda dose foi aplicada em 12.262.262 pessoas, o que equivale a 5,79% da população. Considerando que as vacinas disponíveis no País exigem dose de reforço (segunda dose), o Brasil está muito longe da meta de vacinar 75% da população para alcançar a chamada “imunidade de rebanho” e conter a circulação do novo coronavírus.

Com base nos dados do Conass, dois estados brasileiros apresentam alta no número de mortes por Covid-19: Acre e Pará. Dez estados registram estabilidade no número de óbitos: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Sergipe. Quinze entes federativos apresentam queda: Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no Brasil subiu para 183,9, a 14ª mais alta do planeta, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país com maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 31,9 milhões de casos, e da Índia, com 16,2 milhões de pessoas infectadas. É também o segundo em número absoluto de mortos, já que mais de 570 mil pessoas morreram nos EUA.

Ao todo, desde o início da pandemia, mais de 145 milhões de pessoas já contraíram oficialmente o novo coronavírus ao redor do globo, sendo que mais de 3 milhões de pacientes morreram em decorrência de complicações da Covid-19.

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