CPI da Covid: covarde, Girão usa a morte do sambista Nelson Sargento para questionar eficácia da Coronavac

 
Desempenhando papel menor e nauseante na CPI da Covid, que avança no Senado Federal, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) não perde uma só oportunidade para demonstrar sua subserviência ao governo do negacionista Jair Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (27), durante o depoimento de Dimas Covas, o senador cearense questionou o diretor do Instituto Butantan sobre a morte do sambista Nelson Sargento, ocorrida horas antes no Rio de Janeiro.

Com a desfaçatez que lhe é peculiar, Girão afirmou que o presidente de honra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira havia tomado duas doses da Coronavac. “Ele morreu de Covid. E cada vida deve ser respeitada, uma vida humana. A família do compositor tinha anunciado, alguns dias atrás, que o seu quadro clínico piorou nas últimas horas, pedindo orações e dizendo que ele havia tomado as duas doses da vacina Coronavac. O senhor sabia disso?”, questionou o parlamentar.

Em resposta, Dimas Covas afirmou o que há muito vem sendo noticiado: nenhuma vacina garante proteção total e que a eficácia é menor em idosos.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) criticou duramente Girão, afirmando que Nelson Sargento tinha 96 anos e lutava contra um câncer de próstata. Vieira afirmou ser um “desserviço” usar a morte do sambista para questionar a eficácia das vacinas.

 
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A postura de Girão no colegiado lhe rendeu, na quarta-feira (26), uma considerável carraspana. Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) partiu para o ataque após Girão insistir na convocação de prefeitos.

“Vossa Excelência é um oportunista pequeno. Vossa Excelência estava lá, escutou o que nós acordamos. Vossa Excelência, desde o primeiro momento, toda a sociedade brasileira que tem inteligência sabe que Vossa Excelência está aqui com o único objetivo, é que a gente não investigue porque a gente não comprou vacina. Não entende patavina de saúde, quer impor a cloroquina na cabeça da população. Vossa Excelência é um oportunista”, disparou Aziz.

Girão é um populista barato que usa a falsa tese da isonomia nas investigações da CPI para agradar aos palacianos e endossar o discurso boquirroto do golpista Jair Messias Bolsonaro, que diante do derretimento paulatino do seu projeto de reeleição tenta eliminar adversários com jogo sujo e rasteiro. E Eduardo Girão age como “longa manus” do presidente da República na CPI.

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