Às vésperas da abertura da Olimpíada, Japão não descarta cancelar o evento por causa da Covid-19

 
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (20), o CEO dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Toshiro Muto, deixou nas entrelinhas que o Comitê Organizador não descarta o cancelamento do evento esportivo.

Questionado sobre a possibilidade de isso acontecer, o dirigente indicou que um aumento no número de casos de Covid-19 pode levar a novas discussões internas.

“Não podemos prever o que vai acontecer em relação ao número de casos positivos de coronavírus. Continuaremos a discutir se houver um aumento significativo no número deles”, disse Muto.

“Nós concordamos que, baseados na situação do coronavírus, conversaríamos novamente. Nesse momento, os casos podem cair ou subir, então vamos pensar no que fazer quando a situação mudar”, completou o CEO.

 
Com o aumento do número de casos de Covid-19 e o avanço da variante delta, que já é dominante em mais de 25 países, a população japonesa tem cobrado o cancelamento da Olimpíada. Faltando três dias para a abertura oficial do evento, o clima de expectativa é grande no Japão.

Nesta terça-feira, foi confirmado novo caso positivo de Covid-1 entre atletas na Vila Olímpica. Os jogadores de futebol sul-africanos Thabiso Monyane e Kamohelo Mahlatsi, o atleta do vôlei de praia checo Ondrej Perusic e uma ginasta reserva dos Estados Unidos (que seria Kara Eaker) foram os primeiros cujas contaminações pelo novo coronavírus foram confirmadas oficialmente pela organização e por federações locais. Desde 1º de julho, 67 casos positivos da doença já foram confirmados no âmbito do evento.

Em 8 de julho, o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, anunciou a retomada do estado de emergência no país por causa do avanço da pandemia, principalmente em razão da mutação delta do vírus SARS-CoV-2.

Responsável pela gestão da pandemia no país asiático, o ministro Yasutoshi Nishimura alertou para a alta no número de casos da doença. “O número de novos casos continua a subir em Tóquio”, disse Nishimura. “Com o aumento dos deslocamentos das pessoas, a variante Delta, mais contagiosa, representa agora 30% dos casos e este número deve aumentar”, preveniu.

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