O Brasil registrou oficialmente nesta quarta-feira (4) 1.175 mortes ligadas à Covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa. Com o novo balanço, o número de óbitos pelo novo coronavírus é de 559.607. Também foram confirmados 40.716 novos casos da doença, elevando para 20.026.533 o número de infecções pelo vírus SARS-CoV-2.
O Conass não divulga o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, 18.749.865 pacientes haviam se recuperado da doença até terça-feira. No entanto, o governo não especifica quantos desses recuperados ficaram com sequelas ou outros efeitos de longo prazo provocados pela Covid-19.
A forma como o governo propagandeia o contingente de “recuperados” já foi criticada por cientistas, que classificaram o número como enganador ao sugerir que os infectados estão completamente curados da doença após a fase aguda ou alta hospitalar.
Estudos realizados no exterior estimaram que entre 10% e 38% dos infectados sofrem efeitos da “Covid longa” meses após o vírus ter deixado o organismo. Um estudo feito na Alemanha apontou que sequelas podem surgir até mesmo meses depois da fase aguda da doença. Já uma pesquisa da University College London em pacientes de 56 países listou mais de 200 sintomas observados em pacientes com sequelas pós-Covid.
Nesta quarta-feira, o planeta superou a marca de 200 milhões de casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Em todo o globo, são 200.031.896 casos e 4.252.958 mortes oficialmente associadas à doença.
Com 2,7% da população global, o Brasil registra até o momento 10% dos casos e 13,1% das mortes pela Covid-19 em todo o planeta. Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de mortes pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 614 mil óbitos, mas têm população bem maior. É também o terceiro país com mais casos confirmados, depois de EUA (35,2 milhões) e Índia (31,7 milhões).
A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 266,3 no Brasil, a 5ª mais alta do planeta, atrás apenas de alguns pequenos países europeus e do Peru.
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