Após o pedido de demissão de quatro secretários do Ministério da Economia, o mercado financeiro abriu os negócios nesta sexta-feira (22) refletindo a preocupação em relação ao futuro do cenário econômico do País.
Como noticiado pelo UCHO.INFO na edição de quinta-feira, apresentaram pedidos de demissão o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt. Também saíram a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo. Todos alegaram motivos pessoais, mas na verdade as demissões ocorreram pelo fato de o governo insistir em “furar” o teto de gastos para financiar o programa Auxílio Brasil.
Como efeito colateral da debandada no Ministério da Economia, na abertura do mercado de câmbio o dólar comercial era negociado a R$ 5,75, após ter alcançado no dia anterior a marca de R$ 5,66, alta de 1,92% e maior cotação desde 14 de abril. Por volta das 14h25, a moeda norte-americana entrou em ritmo de queda, cotada a R$ 5,6599, com recuo de 0,14%.
Em mais um dia de perdas, a Bolsa de Valores recuava 1,59%, caindo para os 106.024,9. Mais cedo, o mercado acionário registrou queda de 4,49%, indo para a casa dos 102 mil pontos.
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O presidente Jair Bolsonaro participa de reunião na sede do Ministério da Economia, em meio a dúvidas sobre a permanência de Paulo Guedes no comando da equipe econômica. O ministro, que há algumas semanas vem enfrentando a peçonha da ala política do Palácio do Planalto, balança no cargo. Tanto é assim, que Bolsonaro autorizou a garimpagem de um nome para substituir o outrora “Posto Ipiranga”.
Até recentemente, a permanência de Paulo Guedes à frente da Economia estava garantida por mais algum tempo, pois o governo tem interesse na aprovação de matérias importantes, como a reforma do Imposto de Renda e a PEC dos Precatórios. Com a crise que se instalou nos últimos dois dias, Guedes, que já externou seu desejo de continuar ministro, pode estar de saída.
No Palácio do Planalto, assessores de Bolsonaro justificam uma eventual demissão de Paulo Guedes com a desculpa de que o ministro não entregou até o momento aquilo que prometeu em termos econômicos. Além disso, o staff palaciano alega que para o governo é melhor se antecipar e não ser pego de surpresa com um pedido de demissão do ministro.
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