PF demite delegada junto à Interpol que atuou na ordem de prisão do blogueiro bolsonarista Allan do Santos

 
A Polícia Federal (PF) decidiu exonerar a delegada que atuava junto à Interpol e foi a responsável pela ordem de prisão do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, determinação enviada para inclusão na lista de difusão vermelha da entidade. A delegada Dominique de Castro Oliveira soube da exoneração nesta quarta-feira (1), informada por seus superiores que deveria retornar à Superintendência da PF no Distrito Federal.

A extradição do blogueiro bolsonarista, que atualmente mora nos Estados Unidos, foi determinada em outubro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda está em tramitação. Desde a decretação da prisão, três pessoas envolvidas diretamente no processo foram demitidas.

Na condição de delegada junto à Interpol, Dominique Oliveira foi responsável processar a ordem do ministro Alexandre junto à difusão vermelha, emissão de ordem internacional de prisão para cumprimento no exterior. Muito estranhamente, a Interpol ainda não incluiu o nome de Allan dos Santos na lista de procurados.

 
O blogueiro é alvo de dois inquéritos que tramitam no STF. Um apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte, outro investiga a atuação de uma milícia digital que atua contra a democracia e as instituições.

A demissão de Dominique Oliveira foi comunicada pelo coordenador-geral de cooperação internacional da PF, Luiz Roberto Ungaretti de Godoy, homem de confiança do diretor-geral Paulo Maiurino.

Anteriormente, foram demitidas as servidoras Silvia Amélia, então chefe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI), e Georgia Renata Sanchez Diogo, que chefiava a Assessoria Especial Internacional do Ministério da Justiça.

Contudo, pessoas ligadas ao diretor da PF garantem que não tem qualquer relação com o caso de Allan dos Santos, mas com críticas feitas pela delegada à gestão de Maiurino. Em outras palavras, três pessoas que atuavam no caso já foram demitidas, mas os “cupinchas” de Paulo Maiurino tentam relativizar o escândalo.

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