O status de pária internacional o Brasil deve ao presidente Jair Bolsonaro e a seus obedientes aduladores, que usam a radicalização como forma de sobrevivência em um universo paralelo que foge à realidade.
O mais novo vexame protagonizado pelo governo brasileiro envolve o fim das atividades da representação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no País. A decisão do órgão foi tomada após acordo com o governo Bolsonaro.
Segundo o FMI, o escritório de representação – espécie de embaixada do órgão – encerrará suas atividades no Brasil em 30 de junho de 2022, prazo definido em acordo com autoridades do País.
“Esperamos que a alta qualidade do envolvimento do corpo técnico do Fundo com as autoridades brasileiras continue, à medida que trabalhamos de perto para apoiar o Brasil no fortalecimento de sua política econômica e de suas configurações institucionais”, afirmou o FMI em nota.
A decisão de fechar o escritório do FMI no Brasil vai ao encontro de declaração do ainda ministro da Economia, Paulo Guedes, o tal “Posto Ipiranga”, que solicitou ao órgão para encerrar sua missão no País.
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“Estamos dispensando a missão do FMI […] Dissemos para eles fazerem previsão em outro lugar”, declarou Guedes durante encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp.
Teórico conhecido por não conseguir levar para o campo da prática suas ideias, Guedes também fez críticas diretas ao economista Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central e nomeado pelo FMI para o cargo de diretor do Hemisfério Ocidental a partir de 2022. O posto a ser ocupado por Goldfajn é um dos mais importantes na estrutura do FMI.
“Ele (Ilan) é um amigo, mas em época de política todo mundo critica, e o Ilan também tem o direito de criticar. Mas já que tem um brasileiro que critica o Brasil indo para o FMI, ele não precisa mais ficar aqui”, afirmou Guedes.
Do alto de sua sempre insana verborragia, que bambeia entre metáforas esdrúxulas e intolerância social, Guedes disse que o FMI já fez o que tinha que fazer no Brasil, por isso era chegada a hora de dizer adeus ao Brasil. O ministro completou sua faça com mais uma declaração estúpida e movida pelo “non sense”: “Só não foi embora porque talvez gostem do futebol, da feijoada e de bom papo”.
A exemplo do chefe Jair Bolsonaro, o ministro da Economia não aceita críticas, talvez porque a alcunha de “Posto Ipiranga” o tenha alçado a um panteão imaginário que somente a extrema direita consegue enxergar.
Paulo Guedes não conseguiu cumprir as delirantes promessas no campo da economia, por isso nutre ojeriza em relação aos que se contrapõem à sua incompetência. Em breve o ministro surgirá em cena para alegar que suas palavras foram tiradas do contexto. Enfim…
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