Estados Unidos e França registram recordes de casos de Covid-19 em apenas um dia

 
Com a variante ômicron do novo coronavírus se espalhando pelo país, os Estados Unidos registraram na segunda-feira (3) mais de um milhão de casos de Covid-19 em um único dia, recorde segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Foram 1.080.211 novas infecções pelo coronavírus no país em apenas 24 horas. Trata-se de novo recorde mundial, batendo o anterior de mais de 500 mil casos diários nos EUA na última semana. O número, porém, pode estar distorcido devido a um atraso na divulgação de dados em razão do período de festas de fim de ano. Ou seja, a quantidade de infectados pode ser ainda maior.

O registro do recorde ocorreu um dia após o principal assessor do governo para pandemia, Anthony Fauci, afirmar que o país vive “um aumento quase vertical” dos casos de Covid-19, acrescentando que o pico poderia ocorrer somente em algumas semanas.

A variante ômicron, mais transmissível que outras cepas, foi responsável por cerca de 59% dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos na semana que se encerrou em 25 de dezembro, de acordo com dados do governo.

Nos últimos sete dias, o país registrou 3,4 milhões de casos, com uma média de 486 mil infecções diárias. Nas ondas anteriores do coronavírus, o recorde de contágios havia sido de cerca de 258 mil casos por dia, na semana de 5 a 11 de janeiro de 2021.

Disparada de casos na França

A França registrou 271.686 mil novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, informaram as autoridades sanitárias do país nesta terça-feira (4). Trata-se do maior número de infecções pelo novo coronavírus em apenas um dia.

O recorde anterior foi registrado na última sexta-feira, 31 de dezembro: 232 mil novos infectados. Antes da atual onda, a França não havia ultrapassado a marca de 118 mil casos em um único dia.

Considerando as populações dos Estados Unidos (330 milhões de habitantes) e da França (67 milhões), o percentual de casos de Covid-19 em ambos os países no intervalo de 24 horas são parelhos.

 
Esperança vinda da África do Sul

Anthony Fauci disse que o ocorrido na África do Sul traz alguma esperança aos EUA. No país africano, a variante ômicron foi detectada pela primeira vez no final de novembro de 2021 e atingiu o pico rapidamente. Na sequência, os contágios começaram a diminuir com a mesma rapidez.

Apesar do recorde de casos, as taxas de mortalidade e hospitalização nos EUA têm sido muito mais baixas nas últimas semanas do que durante ondas anteriores da doença.

Com 9.382 mortes nos últimos sete dias, o número de óbitos no país caiu 10% em relação ao total registrado na semana anterior. Mesmo assim, o país registra atualmente uma em cada cinco mortes por Covid-19 contabilizadas por dia ao redor do planeta.

Saúde e economia

As autoridades norte-americanas trabalham duro para encontrar um ponto de equilíbrio que proteja a saúde pública sem prejudicar gravemente a economia e os serviços essenciais, como o policiamento e as viagens aéreas.

O forte aumento de contágios, sobretudo em Nova York, fez muitas empresas regressarem ao trabalho remoto. A capital econômica dos EUA, um dos epicentros da pandemia na primeira onda em março de 2020, registra agora níveis recordes de contágios: foram 85 mil casos no último sábado (1). Além disso, há um aumento evidente das hospitalizações em Nova York: 9.500 nesta terça-feira.

Novas medidas

Na última semana, os EUA reduziram para cinco dias o período de isolamento para casos assintomáticos de Covid-19, em clara tentativa de frear a interrupção em massa de alguns setores da economia provocada pela variante ômicron. Na aviação, por exemplo, milhares de voos comerciais foram cancelados por falta de tripulação e pessoal em terra, já que grande número de pessoas foi obrigado a cumprir isolamento por ter contraído Covid-19 ou estado com alguém que testou positivo para a doença.

Na segunda-feira, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, aprovou a terceira dose da vacina da Pfizer-BioNTech para crianças de até 12 anos, antes da reabertura das escolas após os feriados de Natal e Ano Novo. Mais de 60% da população dos EUA já tem o esquema vacinal original completo, e 33% já tomou uma dose de reforço.

Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, reuniram-se com a equipe médica que assessora a Casa Branca para rever a situação da Covid-19 no país.

No total, desde o início da pandemia, os Estados Unidos já contabilizaram 56,2 milhões de casos de coronavírus e mais de 827 mil mortes relacionadas à doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, sendo o país mais afetado pela Covid-19. (Com agências internacionais)

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