A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu nesta terça-feira (4) pela suspensão do carnaval de rua. É o segundo consecutivo que, devido à pandemia do novo coronavírus, a folia momesca deixa de acontecer. É importante lembrar que a Covid-19 ganhou terreno no Brasil logo após o carnaval de 2019, quando milhões de pessoas se aglomeraram nas principais cidades do País.
O prefeito Eduardo Paes justificou a decisão alegando a necessidade de organizar com muita antecedência o evento com blocos de rua. Além disso, ele citou as cobranças do patrocinador, que investiria R$ 40 milhões no carnaval de rua. Vale ressaltar que nenhuma empresa está disposta a financiar eventos que certamente levam à disseminação do vírus SARS-CoV-2.
“Diante desse cenário todo, eu chamei hoje as ligas dos blocos (…) e informei a eles da inviabilidade do carnaval de rua”, explicou o prefeito carioca.
Nesta terça-feira, Paes reuniu-se com Rita Fernandes, presidente do bloco Sebastiana, e outras ligas para informar do cancelamento. Na última semana, a famosa Banda de Ipanema anunciou que não desfilaria neste ano devido ao aumento do número de casos de Covid-19.
Paes disse que propôs ao patrocinador que organize eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver controle. Ainda segundo Paes, a princípio a proposta não foi bem aceita porque os blocos têm uma relação com seus bairros e regiões.
Apesar da decisão da Prefeitura da capital fluminense, alguns blocos avaliam alternativas que possibilitem apresentações em ambientes controlados em relação à pandemia. Em suma, os responsáveis pelos blocos parecem não ter compreendido a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que levou à interrupção da temporada de cruzeiros marítimos em razão da disparada de casos de Covid-19.
“Os eventos estão liberados, desde que a gente tenha a responsabilidade de testar as pessoas e de exigir o comprovante das duas doses”, explicou Rita Fernandes, como se no Brasil não houvesse a comercialização de comprovantes falsos de vacinação.
O aumento do número de casos que o País vivencia no momento, na maioria causados pela variante ômicron, é fruto das comemorações de final de ano, que reuniram pessoas irresponsáveis sob a alegação de que há muito tempo não se encontravam.
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