Médico de Bolsonaro descarta cirurgia; UCHO.INFO afirmou que presidente abusa do “coitadismo”

 
Em matéria publicada na edição de segunda-feira (3) e alvo de críticas do talibã bolsonarista, o UCHO.INFO afirmou que o presidente Jair Bolsonaro está a usar a internação para impulsionar o “coitadismo”, que sempre vem à cena quando elevados índices de desaprovação popular ameaçam o projeto de reeleição do chefe do Executivo.

Bolsonaro estava em férias no litoral de Santa Catarina e foi internado na madrugada de segunda-feira no Hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital paulista, com quadro de obstrução intestinal, a exemplo do que ocorreu em meados de 2021.

O presidente não apenas publicou nas redes sociais fotos em que aparece no leito hospitalar, com sonda nasogástrica, mas aventou a possibilidade de cirurgia, mesmo sem um diagnóstico médico fechado.

O cirurgiã Antônio Luiz Macedo, que estava em viagem internacional, retornou ao Brasil para, segundo ele, “apalpar” o abdômen de Bolsonaro e definir o procedimento para solucionar o problema. Como afirmamos na citada matéria, qualquer médico recém-formado é capaz de apalpar o abdômen de um paciente e identificar eventuais problemas de saúde.

Macedo e sua equipe afirmaram na manhã desta terça-feira (4) que o quadro de obstrução intestinal da República foi resolvido se desfez e, por enquanto, uma nova cirurgia está descartada. Contudo, Bolsonaro continua sem previsão de alta.

“O quadro de suboclusão intestinal do Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se desfez, não havendo indicação cirúrgica. A evolução do paciente clínica e laboratorialmente segue satisfatória e será iniciada hoje uma dieta líquida”, destaca novo boletim médico divulgado pelo hospital.

No boletim anterior, da noite de segunda-feira, o hospital informou que o presidente apresentou melhora clínica, após a passagem de uma sonda nasogástrica e não teve febre ou dor abdominal.

“O paciente fez uma curta caminhada pelo corredor do hospital e permanece em tratamento clínico”, ressaltou a nota, também assinada pela equipe médica.

 
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Macedo operou Bolsonaro após o ataque a faca perpetrado em 6 de setembro de 2018, na cidade de Juiz de Fora (MG), durante ato de campanha. Desde então, Macedo acompanha a saúde do presidente da República.

No primeiro boletim, o hospital informou que o quadro de Bolsonaro era estável e confirmou a “suboclusão intestinal”, termo médico para obstrução parcial do intestino.

O presidente Jair Bolsonaro tem ciência do problema, mas abusa da alimentação, o que pode favorecer a obstrução intestinal. É importante ressaltar que, em 24 de novembro, o chefe do Executivo, em mais uma piada de cunho sexual, afirmou “só não como o que não tem”.

“Outro dia eu falei, né, que é um self service que tem uns oito produtos estragados. Levei uma reprimenda do presidente da Associação de Bares e Restaurantes. Poxa, tem que pedir palavra para tudo? Eu me amarro em comer num pé-sujo. Quanto mais gordurosa a comida, para mim, melhor. E, como militar…Não é ‘como militar’. E como militar, eu só não como o que não tem. Como qualquer negócio… Meu estômago está sempre roncando. Deixar bem, claro. Já vi que vou dormir na casa do cachorro hoje, né”, disse Bolsonaro durante cerimonia no Palácio do Planalto.

Em conversa com os apoiadores que diariamente se aglomeram no cercadinho do Palácio da Alvorada, Bolsonaro levou adiante a bazófia oficial. “Eu falei uma coisa aqui que um cara ligou pra mim indignado. Eu falei: ‘Ó, eleição é igual self-service, é o que tá na mesa. Às vezes tem um negócio estragado ali’. Pronto, ele disse que eu ofendi o pessoal do self-service no Brasil todo. Impressionante, né? Você não pode falar nada. Eu só não como o que não tem. Agora pra complicar: eu gosto de comer num pé sujo”, declarou.

Sabedor de que problemas intestinais o acompanharão por muito tempo, Bolsonaro deveria optar por alimentação leve e balanceada, sem direito a espetáculos de populismo barato em barracas de pastel e refeições em “pé sujo”.

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