Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), um dos próceres do Centrão e responsável por gerir o malfadado “orçamento secreto”, anunciou nesta segunda-feira (17) que a Casa legislativa, na retomada dos trabalhos parlamentares, adotará novamente o modo remoto, que deve durar até o Carnaval. A medida foi adotada por causa do rápido avanço da variante ômicron do novo coronavírus, que levou a uma disparada de casos de Covid-19 em todo o País.
“Trabalho remoto até o Carnaval. Medida necessária até vencermos esta nova onda. Também vai nos ajudar na melhor aplicação dos recursos públicos”, escreveu Lira em rede social.
“Tarifas aéreas estão altíssimas e a flexibilidade nas remarcações só acontece quando é do interesse das companhias”, acrescentou o presidente da Câmara dos Deputados, como se o “orçamento secreto” não representasse uma criminosa farra com o suado dinheiro do contribuinte, nesse caso específico para o governo de Jair Bolsonaro comprar apoio político no Congresso Nacional. Ou seja, é o tal do “Bolsolão”.
Alguns parlamentares, como o deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) e o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), testaram positivo para a Covid-19 durante o recesso, que termina no final de janeiro.
Durante a fase mais crítica da pandemia do novo coronavírus, os deputados foram autorizados a registrar presença e votar pelo aplicativo da Câmara, sem a necessidade de comparecer à Casa legislativa.
Com o retorno dos trabalhos presenciais em outubro de 2021, os deputados foram obrigados a registrar presença em pontos da Câmara, apesar de a votação pelo aplicativo ter permanecido em vigência.
Exceções só eram permitidas para gestantes e parlamentares que comprovassem alguma comorbidade. Os casos eram analisados pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Contudo, o deputado Arthur Lira, em desrespeito à legislação vigente e ao Regimento Interno da Câmara, permitiu que deputados em missões oficiais fora do País votassem na PEC dos Precatórios, também conhecida como PEC do Calote.
A participação dos parlamentares que estavam em viagens internacionais garantiu a aprovação da PEC que oficializou o calote do governo Bolsonaro em relação aos precatórios, não sem antes abrir espaço de R$ 106 bilhões no Orçamento de 2022, ano de eleições.
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