Covid-19: Brasil volta a registrar mais de mil mortes em 24 horas

 
O Brasil registrou oficialmente nas últimas 24 horas 1.041 mortes causadas pela Covid-19, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

É a primeira vez que o Conass registra mais de mil mortes por Covid-19 em 24 horas desde 18 de agosto, ou seja, há mais de cinco meses. A alta no número de novos casos e mortes está relacionada à disseminação da variante ômicron do vírus SARS-CoV-2, mais transmissível.

Nesta quinta-feira (3) também foram registrados 298.408 novos casos da doença, quebrando o recorde anterior, de 28 de janeiro. Com isso, o total de infecções registradas no País chega a 26.091.520, enquanto os óbitos oficialmente identificados somam 630.001.

Como temos afirmado desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, os números reais de casos de Covid-19 e mortes em razão da doença são maiores devido à falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

Pesquisa Datafolha publicada em 15 de janeiro apontou que um entre quatro brasileiros com 16 ou mais anos de idade afirma ter contraído Covid-19 desde o início da pandemia. O número representa quase o dobro dos casos oficialmente notificados.

A média móvel de casos, referente aos últimos sete dias, também é recorde, com 189.526 infecções. A média móvel de óbitos aumentou para 702, patamar verificado pela última vez em agosto passado.

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes está em 299,8 no Brasil, a 14ª mais alta do mundo, atrás de alguns pequenos países europeus e do Peru.

 
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam mais de 894,3 mil óbitos, mas têm população bem maior. É também o terceiro país com mais casos confirmados, depois de EUA (75,7 milhões) e Índia (41,8 milhões).

Ao todo, mais de 386,9 milhões de pessoas contraíram oficialmente o coronavírus ao redor do planeta, sendo que 5,7 milhões de mortes associadas à doença foram notificadas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

UTIs em situação crítica

Nesta quinta-feira, uma nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a taxa de ocupação de leitos de UTIs destinados à Covid-19 é considerada crítica, com mais de 80% de ocupação, em nove estados brasileiros: Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Espírito Santo.

Segundo a nota, em 13 estados houve aumento recente das taxas de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19. Entre 25 capitais com dados disponíveis, 13 estão na zona de alerta crítico, nove na zona de alerta intermediário e oito fora da zona de alerta.

Os pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz avaliam que o comportamento das taxas de ocupação em estados e capitais “parece apontar para a interiorização de casos da doença”. Algumas capitais já apresentam mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos estados crescem expressivamente.

A nota técnica da Fiocruz ressalta que o cenário atual não é o mesmo registrado entre março e junho de 2021, a fase mais crítica da pandemia, e que mesmo com o acréscimo de leitos para Covid-19 ocorrido nas últimas semanas, a disponibilidade de leitos é hoje bem menor.

Os pesquisadores alertam para a baixa cobertura vacinal em diversas áreas do País, onde os recursos assistenciais são mais precários, e lembram que uma proporção considerável da população que não recebeu a dose de reforço ou não se vacinou é mais suscetível a formas mais graves da infecção pela variante ômicron.

A Fiocruz destaca que a “elevadíssima” transmissibilidade da variante pode resultar em números expressivos de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves. (Com agências de notícias)

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