Autoridades de saúde do Reino Unido iniciaram investigação sobre uma nova cepa do coronavírus, que combina as variantes delta e ômicron. Batizada como “deltacron”, a variante apareceu no último relatório da Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês).
A agência destacou alguns pontos importantes a serem considerados. O primeiro deles é que ainda não se sabe se a cepa híbrida é uma evolução de um paciente que contraiu s variantes a delta e a ômicron simultaneamente ou se houve outra forma de assimilação. O segundo ponto é que por enquanto não é possível afirmar se a “deltacron” é originária da Grã-Bretanha ou “importada”.
A variante deltacron foi relatada pela primeira vez no Chipre em janeiro, mas posteriormente foi descartada e atribuída à contaminação da amostra. Diversas variantes “recombinantes” foram detectadas durante pandemia, mas não levaram a surtos graves da doença.
Os cientistas acreditam que a nova cepa não deve representar uma ameaça muito grande porque o Reino Unido tem altos níveis de imunidade contra as cepas originais delta e ômicron, mas seu real impacto só será conhecido com o tempo.
A descoberta da nova variante ocorre quando o surto de Covid-91 recuou na Grã-Bretanha mais uma vez. Os dados do painel do governo britânico mostram que houve 58.899 novos testes positivos nas últimas 24 horas, queda de 29,9% em relação aos 84.053 da última sexta-feira (11). Foi o décimo dia consecutivo de queda no número de infecções diárias pelo novo coronavírus.
Porém, se a deltacron carregar a capacidade de produzir quadros graves da doença, típico da delta, e a velocidade de contaminação, característica da ômicron, os cuidados em relação à Covid-19 terão de ser redobrados.
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