Zelensky diz que fim da guerra só é possível com conversa direta com Vladimir Putin

 
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta-feira (3) que está pronto da negociar diretamente com o homólogo russo, Vladimir Putin, que invadiu o território ucraniano com forças militares e vem patrocinando uma tragédia humanitária

De acordo com Zelensky, uma conversa com Putin é “a única maneira de parar a guerra” entre os dois países, que está no oitavo dia.

“Tenho que falar com Putin […] porque essa é a única maneira de parar esta guerra”, afirmou o líder ucraniano em entrevista coletiva, declarando-se “aberto” e “disposto a abordar todos os problemas” com Putin.

Essa foi a primeira entrevista coletiva concedida por Volodymyr Zelensky – em Kiev e sob forte aparato militar – desde o início da guerra. Até então, ele havia realizado apenas entrevistas exclusivas e publicado vídeos com suas mensagens sobre o conflito.

Enquanto Zelensky participava da coletiva, representantes da Rússia e da Ucrânia iniciavam em Belarus a segunda rodada de negociação para um eventual cessar-fogo.

 
Imagens mostram representantes de ambos os países apertando as mãos antes do encontro. Os ucranianos chegaram para o encontro com roupas verdes, enquanto os russos usavam terno e gravata.

Nesse cenário é preciso considerar ao menos três pontos importantes antes de apostar em um acordo entre russos e ucranianos. Vladimir Putin, que está no poder há 22 anos, tem à disposição um poderio militar capaz de garantir a vitória no campo da guerra, mas sua derrota política em termos internacionais já está consumada. Internamente, o líder russo deve enfrentar uma oposição ainda maior, mesmo usando a força para calar os adversários.

O segundo ponto, extremamente importante, é que Putin, antes das sanções impostas pelo Ocidente, que ameaçam severamente a economia russa, só aceitava negociar com os ucranianos caso suas condições prevalecessem.

O terceiro quesito que merece destaque é que o anúncio de que países do Ocidente, incluindo as nações da União Europeia e membros da OTAN, começaram a enviar armamentos para a Ucrânia, o que aponta para uma guerra que pode durar mais algumas semanas. Aliado a esse quadro, a resistência dos ucranianos tem surpreendido o Kremlin. (Com informações da AFP e do The New York Times)

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