O Maranhão precisa de um projeto de sociedade, o maranhense tem o direito de ser feliz

 
(*) Waldir Maranhão

As eleições de 2022 deram mais um passo com a definição das filiações partidárias, cujo prazo final se encerrou no último segundo de sexta-feira, 1º de abril.

Como disse o imperador romano Júlio César aos seus soldados, à beira do Rio Rubicão, “o dado está lançado” (“Alea jacta est”, em latim), fala também traduzida como “a sorte está lançada”.

Sorte é exatamente o que todos os maranhenses esperam das eleições de outubro, pois é inaceitável que a população continue a enfrentar avalanches de dificuldades sem ao menos ter esperança de dias melhores.

Sei que as mudanças que o Maranhão tanto necessita não acontecerão da noite para o dia, mas é importante que os primeiros passos sejam dados com seriedade e tendo o planejamento com base.

Trata-se de um processo de longo prazo que transcende mandatos, questões partidárias, bandeiras ideológicas e interesses políticos. É preciso começar com a máxima urgência e inequívoco desprendimento.

Quem conhece o Maranhão minimamente sabe o quão responsáveis precisam ser os que ora se predispõem a mudar a nossa realidade. Não me refiro a promessas de campanha, mas aos compromissos a serem assumidos por cada um que decidiu participar das eleições.

De minha parte, como sempre, o compromisso está assumido há muito. Por essa tão esperada mudança lutarei em todas as frentes, pois o Maranhão precisa e merece ser mais feliz.

De nada adianta contemplar o status quo sem esboçar qualquer reação na direção de um novo cenário, mais justo e digno para cada maranhense.

Analisando a nossa realidade, que perdura há décadas, concluo que chegou a hora de virarmos o jogo, levando todos os homens públicos a trabalharem por um projeto de sociedade.

Alguém – quiçá muitos – poderá não compreender minha proposta, mas não se pode fechar os olhos para a disparidade que impera no Estado. Trata-se de algo desumano, covarde e cruel.

Em outros tempos, legiões de maranhenses rumavam ao Sul e ao Sudeste em busca de oportunidades, de dias melhores. Esse êxodo já não acontece com tanta frequência e intensidade, pois a crise se instalou em cada centímetro do território nacional.

Além disso, os homens públicos não podem apequenar-se diante de um movimento que tira o cidadão de sua terra natal por questões de sobrevivência. É na sua terra que o cidadão precisa encontrar as condições básicas para continuar existindo. A cada governante cabe proporcionar tais condições.

Por esse motivo insisto no projeto de sociedade. Para muitos pode parecer paradoxal minha proposta, já que a sociedade maranhense existe, mas não como deveria ser.

Viver em sociedade é buscar de forma coletiva e mútua o bem comum. O que vemos no Maranhão é uma luta insana e diária para garantir em doses mínimas o amanhã. Em outras palavras, a minha sugestão de projeto de sociedade encontra lugar nos nossos compromissos a serem assumidos pelos homens públicos de verdade.

Como sempre fiz, desde os tempos de universidade, onde fui professor e reitor, até o período em que representei o povo do Maranhão na Câmara dos Deputados, o sofrimento de cada conterrâneo me obriga a continuar lutando, buscando dias melhores e mais felizes para todos.

A realidade maranhense me incomoda com insistência, muitas vezes tira o sono, eleva o nível de preocupação com o futuro. Se atualmente a realidade é dura, pior ficará se nada fizermos.

Como disse o escritor tcheco Franz Kafka, “a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”.

Retorno ao PDT para, buscando inspiração em Leonel Brizola, Jackson Lago e Darcy Ribeiro, ajudar no processo de mudança, que obrigatoriamente tem de passar pela educação.

Agora, mais do que nunca, é preciso coragem, disposição e ousadia para lutar por todos. Estou pronto para fazer o Maranhão mais feliz.

(*) Waldir Maranhão – Médico veterinário e ex-reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), onde lecionou durante anos, foi deputado federal, 1º vice-presidente e presidente da Câmara dos Deputados.

As informações e opiniões contidas no texto são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo obrigatoriamente o pensamento e a linha editorial deste site de notícias.

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.