Bolsonaro reforça o discurso golpista e avança com ameaças à democracia e ao Estado de Direito

 
Há muito o UCHO.INFO afirma que o presidente Jair Bolsonaro é uma constante ameaça à democracia. O discurso golpista do chefe do Executivo ganha cada vez mais espaço no cotidiano, com claras sinalizações de quem golpe não está descartado. Isso porque Bolsonaro está decidido a levar o País ao retrocesso e ao obscurantismo para satisfazer seu projeto de reeleição.

Nesta terça-feira (5), durante evento com a presença de militares no Palácio do Planalto, Bolsonaro voltou a falar em disputa do ‘bem contra o mal”, sem mencionar as eleições de outubro próximo, O presidente também mencionou a possibilidade de “sacrifício da própria vida” em nome da pátria.

“Se a pátria um dia voltar a nos chamar, por ela tudo faremos. Até mesmo em sacrifício da própria vida”, declarou Bolsonaro, que insiste em “esticar a corda” para testar a capacidade de reação dos Poderes constituídos, mais precisamente do Judiciário, já que boa parte do Legislativo foi “comprada”.

“O bem sempre venceu e vencerá também essa batalha que temos pela frente”, disse o presidente, sem especificar a que tipo de batalha se referia, durante discurso na cerimônia de cumprimento aos oficiais-generais promovidos.

Nos últimos três anos e três meses, Bolsonaro procurou agradar ao máximo as Forças Armadas e se cercou de militares, transformando o Palácio do Planalto em versão reduzida da caserna. Exemplo inequívoco dessa militarização do governo é a decisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, de filiar-se ao PL, do mensaleiro Valdemar Costa Neto, na esperança de ser candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro.

 
Braga Netto, assim como outros generais palacianos, é um defensor enrustido do golpismo, algo que deixou evidente em manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e nas exaltações do golpe de 64 que desaguou na ditadura militar.

Na última sexta-feira (1), Bolsonaro participou da posse do novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e do novo comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e aproveitou a ocasião para dizer que há decisões que fogem do político e vão para o militar.

“Nós todos aqui, sem exceção, somos privilegiados. Vivemos um momento onde há decisões e em última análise fogem em campo político e vem pro campo militar”, afirmou.

No evento desta terça, Bolsonaro afirmou que o ministro da Defesa tem maior destaque, “pois tem a tropa em suas mãos”. “É o que em última análise poderá fazer o país rumar em direção à normalidade, ao progresso e à paz”, declarou o golpista de plantão.

Em qualquer país minimamente sério, com autoridades imbuídas de seus deveres e uma população pronta para defender a democracia e o Estado de Direito, Bolsonaro já teria sido apeado do governo e estaria respondendo a processos judiciais por descumprir a Constituição e fazer seguidas apologias ao golpe.

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