Candidata do MDB à Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MS) contava com o também senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como candidato a vice, mas o parlamentar cearense desistiu da empreitada, mesmo que não oficialmente. O PSDB, que integra a coligação, deve indicar a senadora Mara Gabrilli (SP) para a vaga.
Antes dessa decisão, o nome mais cotado para ocupar a vice na chapa de Tebet era o da senadora maranhense Eliziane Gama, cujo partido, Cidadania, também integra a coligação. Não se sabe o motivo que levou a essa mudança, mas não se deve descartar a força do pragmatismo.
Na primeira declaração após a candidatura ser confirmada na convenção do MDB, por 262 votos a favor e 9 contra, Simone Tebet afirmou: “O Brasil vive um dos momentos mais sensíveis, nossos alicerces democráticos estão abalados. Estão abalados pela fome, estão abalados pela miséria, estão abalados pela desigualdade social, estão abalados pelo desemprego”.
Considerando que uma das principais propostas de Tebet é proporcionar condições dignas de vida à maioria da população brasileira, a companhia da senadora Eliziane Gama poderia atrapalhar o discurso da candidata emedebista.
Até recentemente, a senadora Eliziane Gama tinha vínculos políticos com Flávio Dino (PSB), candidato ao Senado e ex-governador do Maranhão. Durante os oito anos em que comandou o mais pobre estado da federação, Dino não conseguiu reverter o caos social que predomina no Maranhão. Ao contrário, o ex-governador entregou ao seu sucessor um cenário muito pior em termos sociais, em comparação com o que encontrou quando se instalou no Palácio dos Leões.
Em relação ao nome de Mara Gabrilli, MDB e PSDB equacionaram no final de semana o último impasse regional entre ambas as legendas. Candidato à reeleição no Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) terá o apoio dos emedebistas na corrida ao Palácio Piratini.
Pesquisas quantitativas feitas pela pré-campanha de Simone Tebet mostraram que uma chapa com duas mulheres seria o “fato novo” da campanha. Pesquisa Datafolha divulgada na última semana apontou a senadora emedebista com 2% das intenções de voto.
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