Discurso golpista de Bolsonaro e contínuos ataques às urnas preocupam equipe de campanha

 
Durante a corrida presidencial de 2018, o UCHO.INFO foi o único veículo de imprensa a afirmar que, caso fosse eleito, Jair Bolsonaro tentaria em algum momento aplicar um “cavalo de pau” na democracia. À época, também depois da eleição, os entusiastas de Bolsonaro nos atacaram de maneira sórdida e covarde, mas não nos curvamos diante dos defensores do golpismo.

Não temos vocação para profetas do apocalipse, mas nossas repetidas afirmações estão a se confirmar faltando menos de dois meses para as eleições. Ciente de que uma derrota nas urnas é cada vez mais possível, como indicam as pesquisas de opinião, Bolsonaro insiste em atacar o sistema de votação e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como se estivesse justificando de forma antecipada o projeto de reeleição.

Enquanto o núcleo duro da campanha de Bolsonaro se desespera diante do desdobramento dos fatos, militares agora sinalizam com a possibilidade de utilizar o boletim impresso de cada urna para fazer uma contagem paralela dos votos. Trata-se de mais um capítulo do projeto de golpe que avança de maneira perigosa e poderá alcançar seu ápice nas comemorações de 7 de setembro.

A proposta de uma contagem paralela a partir dos boletins das urnas serve apenas para alimentar a turba de apoiadores de Jair Bolsonaro, que até as eleições deve intensificar os ataques ao TSE, às urnas eletrônicas e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

 
Por outro lado, integrantes da ala política da campanha de Bolsonaro se preocupam cada vez mais com os repetidos ataques ao sistema eleitoral. Além disso, o staff da campanha teme que em 7 de setembro a rejeição do eleitorado ao presidente da República cresça ainda mais, inviabilizando qualquer estratégia eleitoral capaz de reverter um cenário de derrota.

Caso esse quadro se confirme, Bolsonaro terá de se preparar para novos manifestos em defesa da democracia, que vem sendo ameaçada desde o primeiro dia do atual governo. Diversos setores da economia já externam preocupação com a possibilidade de um golpe, por isso lideram as manifestações em defesa do Estado Democrático de Direito. Isso porque, além das ameaças à democracia, o persistente discurso golpista de Bolsonaro tem impactado os negócios de muitos segmentos.

Bolsonaro tentou sem sucesso, pelo menos por enquanto, levar o desfile militar de 7 de setembro para a Avenida Atlântica, na orla de Copacabana (RJ), mas o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, manteve o evento na Avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade.


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