Jurista Miguel Reale Júnior declara apoio ao petista Lula já no primeiro turno da eleição presidencial

 
Um dos mais renomados juristas brasileiros e ex-ministro da Justiça, o advogado Miguel Reale Júnior declarou nesta quarta-feira (21) apoio ao petista Lula já no primeiro turno das eleições.

De acordo com Reale, a eleição do ex-presidente já no primeiro turno “é importante para impedir qualquer ação de [Jair] Bolsonaro para se manter no poder”, caso seja derrotado no pleito em 2 de outubro.

Ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Reale Júnior era entusiasta de uma candidatura de “terceira via”, que segundo ele, não se concretizou.

“Sem perspectiva de vitória da terceira via, é importante que Lula vença no primeiro turno, para se impedir ação desesperada de Bolsonaro. Decidir por Lula é consequência de saber que assim se evitará ataques à democracia, à dignidade da pessoa humana e ao meio ambiente, que, com certeza, sucederão com maior intensidade em novo mandato de Bolsonaro”, afirmou Miguel Reale ao Estadão.

 
“Diante do atual cenário, a gente tem que pensar o que é melhor para o país. O Brasil precisa de estabilidade e calmaria. Mais quatro anos de Bolsonaro no poder é tudo que o país não precisa”, disse o jurista.

“Lula jamais promoveria um torturador como o coronel Ustra a herói nacional, como fez o Bolsonaro. (…) Ele ressuscitou uma discussão sobre o papel das Forças Armadas na vida política do país que já estava totalmente superada”, completou.

Impeachment de Dilma e Bolsonaro

Reale Júnior foi autor, ao lado do também jurista Hélio Bicudo e da hoje deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, por crime de responsabilidade, que culminou com a saída da petista do poder em 2016, após processo no Congresso Nacional.

Com base no relatório da CPI da Covid, o jurista também apresentou, em dezembro de 2021, à Câmara dos Deputados pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro. O documento foi assinado por 17 juristas e um médico, mas não foi aceito pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do chefe do Executivo.

“O que o Bolsonaro fez durante a pandemia foi muito mais grave do que a Dilma fez. Durante um período tão crítico, ele se notabilizou pela total falta de empatia com os mais sofridos. (…) A vitória do Lula no primeiro turno é importante para impedir qualquer ação de [Jair] Bolsonaro para se manter no poder”, declarou.


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